Paulo Correia
Jornalista
O festival midiático promovido pela Prefeitura de Natal na atual gestão é de estarrecer qualquer cidadão. Esses dias, um bom freio foi colocado pela Justiça para esses meninos bobos. Na quinta-feira, dia 17 de junho, as promotoras Elaine Cardoso e Iara Pinheiro ajuizaram uma ação civil pública questionando o crédito suplementar de R$ 1 milhão para a Secretaria Municipal de Comunicação Social, aprovado pelo Decreto 9.082 no último dia 24 de maio. De acordo com as promotoras, essa verba deveria ir para a saúde pública do município. E ai, por que nosso Executivo gosta tanto de mídia, gosta tanto de propaganda?
Talvez a resposta esteja no fato de nossa prefeita Micarla de Sousa vir de uma família da comunicação, do mundo mágico da televisão. Será essa a resposta correta ou isso é muito simples como esclarecimento? Observando os números de Natal, do governo estadual e até do governo do presidente Lula, não é tão difícil compreender que nossos atuais gestores públicos são grandes admiradores dos holofotes e dos comerciais de TV que exibem uma visão bonita, limpa e sem defeitos de suas administrações.
Aqui no Rio Grande do Norte passamos sete anos com o rapaz de capacete na cabeça que corria todo o estado mostrando as obras do governo Wilma de Faria e que no finalzinho da gestão foi substituído por uma bela garota que fazia o mesmo serviço. No governo federal os garotos propagandas são muitos, tem para todo gosto. Aqui em Natal o modelo seguido é o da administração federal, com muitos rostos falando sobre as belezas e atrativos da cosmopolita cidade.
Uma pena que muitas dessas obras anunciadas com tanto entusiasmo não passem de pura ilusão, ou quando existem são apenas peças iniciadas, em contraste com as maravilhas já em funcionamento nos intervalos da TV.
Do carismático Lula da Silva até a twiteira Micarla, somos um povo comandado por midiáticos de plantão. Homens e mulheres que descobriram a pólvora do investir muito em bobagens e receber votos e mais votos em troca, sem que para isso algo de concreto seja realmente criado. A política do velho pão e circo reformulada para os novos tempos.
Agora é aguardar que a ação das duas promotoras de Justiça tenha efeito prático.
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