Leonardo Sodré
Jornalista
Alex Gurgel estava uma fera no computador discutindo por meio do grupo de discussão Aldeia Poti o tombamento do Machadão, pedido pelo jornalista Eduardo Alexandre Garcia, o Dunga, nesta segunda-feira, conforme protocolo da Fundação José Augusto. Batia tão ligeiro e forte que algumas teclas voaram longe.
Alguém da Prefeitura de Natal havia ligado pedindo seu empenho para, na qualidade de aliado, usar todas as suas estratégias para administrar crises. Resmungava: "Quando penso que vou tomar umazinha lá em Nazaré, começam os problemas", rosnou. "E tudo isso por causa de Pitoco (segundo apelido de Dunga, por causa de uma saliência na careca), mas Hugo Macêdo vai me vingar e pegar ele numa esquina, ele vai ver", consolou-se, mas com os olhos vermelhos de raiva.
Nesse momento o telefone toca mais estridentemente do que o normal. Ele atende com a voz rouca:
- Alô...
- Alex, sou eu, Hugo, de Brasíia...
"Pronto! Lá vem mais problema, quer ver?" - Pensou.
- Diga Hugo. - Respondeu friamente a um dos representantes da Aphoto que estão em Brasília em missão oficial.
Hugo Macêdo, tendo ao lado Canindé Soares e Adrovando Claro, notou que algo estava errado, mas insistiu porque a a verba da comitiva da Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto) estava acabando. A ligação não estava boa e ele precisou gritar.
- Alex! Mande R$ 500 reais até amanhã!
- Como? Não estou ouvindo direito... - Respondeu Alex.
- Quinhentos! - Gritou Hugo novamente.
- Como? - Insistiu Alex, esquecendo-se momentâneamente do tombamento do Machadão.
- ... Até amanhã! - Completou Hugo.
- Até amanhã... - Respondeu Alex e desligou o telefone com um sorriso econômico.
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