quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Efeito Colateral de um Fantasma Irreal

Drª Monara Bittencourt Amorim
Profª Universitária
monara_bittencourt@yahoo.com.br

Todos os dias, nos deparamos com inúmeros dilemas, sejam grandes ou pequenos. Alguns se resolvem com relativa facilidade e geralmente não deixam resíduos ou maiores complicações emocionais. Muitos outros, porém, nos bloqueiam. Não se encontra soluções rápidas para eles, que podem realmente causar “efeitos colaterais emocionais” em pacientes não tratados.

Atualmente, observa-se um crescente consumo de antipsicóticos e tranqüilizantes, refletindo o alarmante aumento dos índices das doenças psicosomáticas.

Uma destas enfermidades psicosomáticas, é, em especial, a Esquizofrenia. Desordem cerebral, que afeta 1% da população mundial e que ainda não possui causa conhecida.

Sabe-se que esta doença, está relacionada a fatores genéticos e a um desequilíbrio na produção de neurotransmissores, chamado Dopamina, sendo este o principal responsável pelo sintoma mais clássico da Esquizofrenia: as alucinações. Em que a pessoa ouve vozes e acha que está sendo perseguida.

Deve-se ter cuidado, pois esta patologia pode se manifestar na adolescência ou no início da vida adulta.

Infelizmente, por não se ter a certeza das causas desta moléstia, ela ainda não tem cura. Porém o tratamento correto pode aliviar, e, muito, os sintomas sentidos pelo paciente, que se sente perseguido, achando que alguém possa ler seus pensamentos. Para pessoas normais, isto parece até irracional, hilário, porém, para o esquizofrênico, tudo isto o leva a se distanciar das pessoas, tornando-se uma pessoa reclusa. É comum observar a adoção de manias e comportamentos bizarros, além de mudanças drásticas no modo de se vestir e de falar, assustando até os mais próximos.

A terapêutica deve ser farmacológica e psicológica. Estes medicamentos antipsicóticos, somente prescritos por médicos, auxiliam na qualidade de vida destes pacientes. Geralmente o tratamento pode durar mais de dois anos, e, em alguns casos a vida toda. Quando a doença é diagnosticada no início, o sucesso da recuperação é maior.

Além disso, o fator carinho e paciência influenciam na cura. Reprimir este tipo de comportamento, citado acima, só irá isolar mais ainda o paciente já doente.

Incentivar, ajudar e tratar são verbos a serem envolvidos nesta terapia.

Na luta contra a doença, a informação pode levar a cura!

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