sábado, 31 de março de 2012

CORES

Das cores fujo em descolorido caminho:
a imagem acredita no espelho. Espalho
espantos. Espero a lua infantil da lembrança
e lanço cumprimentos: digo bom dia ao transeunte
e junto meu corpo à fila do aguardado ônibus.
Não pergunto o destino: lamento o ocorrido.
Não me aproximo; conservo a distância
na criação inconstante: o lucro exorbita
a promessa de me manter vazio
em indiferenças. Sem cores ressurjo
amadurecido. Retiro a cortina e na vitrina
não sou a imagem atrás da porta.

 (Pedro Du Bois, inédito)

Sérgio Groove e Boa idéia Trio abrem a programação do Projeto ''Som do Mar'' do mês de abril.

O Projeto ''Som do Mar'' recebe neste primeiro de abril ás 17h o show ''SambaFunkGrooveSoul''  do baixista Sérgio Groove que estará acompanhando de  Eduardo Taufic no piano e Darlan Marley na bateria, o saxofonista Fábio Isaac fará participação especial.  À 19h entra em cena o Boa Idéia Trio.

“Boa Ideia trio”: A junção de ideias e a série de encontros musicais entre o guitarrista Iury Matias e o trombonista Klênio Barros resultou na elaboração de um projeto concebido inicialmente pelos dois como duo instrumental.
O projeto “Boa Ideia” conquistou seu espaço na cena musical Potiguar por sua sonoridade peculiar e concepção de arranjos, culminando na inclusão da percussão de Kleber Moreira. Desde então, o grupo apresenta-se no formato duo e trio, tendo chegado ate quarteto em diversos espaços culturais da cidade, prezando sempre pela qualidade e sofisticação.
Com uma essência puramente brasileira, o grupo trás em seu repertório; choro, samba, bossa e afins com concepções jazzísticas, em uma elegante mistura com ritmos regionais. Sem dúvida, uma boa pedida para aqueles que apreciam o melhor da música brasileira!
O grupo já realizou shows em diversos lugares em Natal, tendo participado da Semana da Música da UFRN 2010 e 2011, Circuito Cultural do Banco do Nordeste 2011, acompanhando o cantor e compositor Riccelly Guimarães (CE) e Projeto 6 e Meia, acompanhando a cantora Silvia Sol (RN). Em 2011 o “Boa Ideia trio” também dividiu o palco do Teatro Riachuelo com a cantora Elza Soares e realizou workshop no Conservatório de Música da UERN.


Serviço:
Projeto Som do Mar
Domingo 01 de abril
17h Sérgio Groove
19h Boa Idéia Trio
Shopping Mãos de Artes – Praia dos Artistas
Estacionamento e Acesso gratuitos.
Informações: 3202 9191 / 9175 9870


Programação do mês de Abril Projeto Som do Mar
Domingo dia 01 de Abril –
17h Sérgio Groove
19h Boa Idéia Trio

Domingo dia 08 de Abril –
17h Jubileu Filho
19h Boa Idéia Trio

Domingo dia 15 de Abril – Especial
17h Os Garotos Sarados do Orkut
19h Andróide Sem Par
20h30 Clara e a Noite

Domingo dia 22 de Abril –
17h Gilberto Cabral
19h Boa Idéia Trio

Domingo dia 29 de Abril –
17h Caio Padilha
19h Boa Idéia Trio

TRAILER

Drª. Lúcia, a sexóloga com tolerância zero

- Bom dia Dr.a Lúcia! Aqui é a Geisy e eu queria saber porque a fantasia dos homens é transar com nossa melhor amiga.

- Nada disso! A fantasia deles é comer sua irmã mais nova, a mais velha, a do meio, a sua prima, a melhor amiga também ou qualquer outra amiga...

Mudanças

Paulo Correia
Jornalista
paulo.correia@r7.com


         Estamos bem próximos do período junino. Época de festas regadas com muito forró por todo o Nordeste brasileiro. Época de bandas como Aviões, Garota Safada, Cavaleiros do Forró e Saia Rodada ganharam rios de dinheiro, animando cidades e mais cidades pelo interior afora. Mas será que é somente nesse período do ano que esses conjuntos musicais conseguem essa boa visibilidade e esses bons valores por suas apresentações?
Se pararmos para observar, e isso não é muito difícil, de uns 20 anos para cá, esse novo forró, conhecido como Forró eletrônico ou Oxente Music, dispara na preferência de 9 entre 10 jovens na região Nordeste. Se no início dos anos de 1990, bandas como Matruz com Leite, Cavalo de Pau e Magníficos eram pioneiras na busca por esse novo formato de forró, com a implantação de guitarras elétricas, dançarinos em cima do palco e, principalmente, com estruturas de som e luz de dar inveja a muita gente do meio artístico, hoje elas já são consideradas dinossauros pela turma mais jovem. Em um curto espaço de tempo, essas bandas e suas letras que falam de amores mal correspondidos, foram suplantadas pelas batidas fortes e músicas que falam de cachaça, mulheres pouco corretas e... Mais cachaça. Em resumo, as letras de Eliane, compositora nascida no estado do Ceará e considerada a Rainha do Forró, foram esmagadas pelo fenômeno Xandy e Solange, líderes da banda Aviões do Forró.
Assim como toda expressão cultural, esse novo forró também trás com ele modernidades e concepções que alteram não somente o gosto do ouvinte, mas, também a sua relação comportamental com os outros. Um bom exemplo dessa mudança é o modo de vestir e os anseios do jovem, principalmente, do jovem de cidades pequenas. É claro que não é somente o forró eletrônico que tem o poder de modificar as atitudes dos jovens. Seria muita ingenuidade escrever uma coisa dessas. Já que é inerente ao jovem a mudança, a transformação, a rebeldia. E isso é aqui em Natal, em Jardim do Seridó ou em Nova York. Mas é também muito claro, para todos, que esse estilo musical consegue aglutinar, com suas letras e bandas, um maior número de idéias que passam a girar no universo da garotada de uma forma que outros meios não conseguem ou conseguiram lá atrás.
Independente de serem boas ou ruins, as canções dessas bandas de forró conseguem mostrar uma fotografia de como são as ruas, bares, motéis e a vida desses adolescentes e jovens do Nordeste brasileiro.
Hoje, “Xote das Meninas” de Luiz Gonzaga, continua sucesso e é uma verdade de toda moça, mas canções como “Beber, Cair e Levantar”, “Motel disfarçado” e “Eu Não Quero Me Amarrar” são mais demonstrativas com a realidade desse público.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Drª. Lúcia, a sexóloga com tolerância zero, responde as dúvidas de ouvintes em uma estação de rádio

- Bom dia Dr.a Lúcia! Meu nome é Júlia. É verdade que a gente pode engravidar em um banheiro público?

- Sim! Acho melhor você parar de transar lá!

SOU SOLIDÁRIO: Primeira feijoada de 2012 é no domingo

Evento terá shows de Quarteto Linha, Novo Grito e Pancadão

Parece mentira, mas não é! Com esse mote a Associação Sou Solidário retoma sua programação de eventos no próximo domingo, dia 1º de abril, famoso pelo mito popular do “Dia da Mentira”. A entidade realizará a IX Feijoada Solidária, no Átrios Recepções, a partir das 12h, com  renda revertida para as doações de 2012 do Projeto.

O evento, já tradicional pelo bom tempero da sua família de voluntários, com a coordenação e talento da Chef Maria Paula Ferreira, contará ainda com a solidariedade de grupos musicais de renome no RN. Subirão ao palco para animar os presentes as bandas de samba Quarteto Linha e Novo Grito, além de Pancadão, que fechará com sertanejo universitário.

O presidente da Associação, Cesar Brilhante, faz o convite aos natalenses que gostam de ajudar uma boa causa. “Estamos retornando com vontade! Quem não está com saudade daquele tempero maravilhoso? E o projeto pensou em tudo para tornar a tarde de domingo ainda mais agradável”. A vice-presidente, Clarissa Nogueira, completa: “Os solidários estarão lá, com aquele sorrisão no rosto. Só está faltando você pra completar a festa, né? E nós garantimos tudo que dissemos: verdade verdadeira!”, brinca.

As senhas estão sendo vendidas por voluntários e presidência do Sou Solidário ao valor de R$ 15 e também podem ser adquiridas na hora do evento. Lembrando que o Átrios Recepções é localizado na Rua General André Fernandes, n° 1, em Candelária (atrás da Salinas Automóveis).


Informações:
César Brilhante – Presidente da Associação
(84) 9416-8225
Clarissa Nogueira – Vice-presidente da Associação
(84) 9927-7025

Associação Projeto Sou Solidário
SEDE: Av. Prudente de Morais, 4572 - Ed. Florense (sala 20), Lagoa Nova
CONTA PARA DEPÓSITO: Banco do Brasil / Agência 0716-1 / Conta 251106-1 / Titular: Associação Projeto Sou Solidário
Conheça nosso site: www.sousolidario.org ou siga-nos no twitter: @sousolidariorn

Jornal O Público comemora aniversário


Na próxima terça-feira, 03 de abril, o Jornal O Público completa sete anos. E para comemorar sua trajetória o jornal promove um evento aberto ao público no centro da cidade, a partir das 16h.

A festa terá apresentações musicais das bandas Rastafeeling, Oz Balas da Bahia, Swinga Nos e Mc Jack. O evento também conta com a apresentação de diversos grupos de dança de Natal.

A programação tem inicio às 16h com um cortejo cultural pelas ruas do Centro da cidade com a banda Swinga Nóz no mini-trio elétrico e às 17h com um show cultural na Rua João Pessoa, com as bandas Rastafeeling, Oz Balas da Bahia e Mc Jack.

A entrada é gratuita.

FRASE

Quem se mata de trabalhar merece mesmo morrer.

(Millôr Fernandes).

Honda Fit 2013: modelo reestilizado tem valores a partir de R$ 51,80 mil

Texto: AutoInforme
Foto: Divulgação

Sem apresentar alterações radicais, Honda Fit reestilizado chega ao mercado com valores e versões reajustados. As mudanças do carro são quase imperceptíveis. A grade frontal é nova e também foram redesenhados os para-lamas e para-choques. Os faróis estão um pouco mais ovalados e a roda tem novo desenho. Nada mais de importante.

A Honda resolveu colocar mais equipamentos no carro. A LX tem ABS e EBD. As versões EX e EXL ganharam sensores de estacionamento. O ar-condicionado é de série em todas as versões, sendo digital na EX e na EXL. Toda linha tem também vidros elétricos nas quatro portas e airbags para motorista e passageiro.

A versão DX, a de entrada, possui transmissão manual de cinco velocidades. A topo de linha, EXL, será produzida apenas com transmissão automática, também de cinco velocidades. As demais versões (LX e EX) serão comercializadas com os dois tipos de transmissão.

Tem mais uma mudança: o tanque de combustível ficou maior com capacidade para mais cinco litros. Agora são 47 litros.

Preços:

DX Manual - R$ 51.800
LX Manual - R$ 55.700
LX Automático - R$ 58.900
EX Manual - R$ 62.120
EX Automático - R$ 65.720
EXL Automático - R$ 67.720

quinta-feira, 29 de março de 2012

NATAL DE ANTIGAMENTE - MERCADO PÚBLICO DA CIDADE ALTA

Enviada por Jorge Lira

FOTOLEGENDA

Hart Preston, 1941. Foto tirado provavelmente em Recife. Há quem diga ser na Tavares de Lira, na Ribeira, em Natal. Entretanto não identifico nenhum desses jornais expostos na calçada. (Leonardo Sodré)

Neste sábado o Beco da Lama festeja o aniversário do Bar da Meladinha.

Na programação shows de samba, rock, hip hop e reggae.

Programação:

13h Grupo de Samba Bom Malandro
15h e 30min Gotamas
17h  Júlio Lima
18h  Rimas Classe A do lado B ( Hip Hop )
18h e 30min Conexão Mil Graus ( Hip Hop )
19h Filhos de Mamanjeba ( reggae )

Encerramento ás 22h

Imagem divulgada pela Nasa mostra 'Olho da África'

O astronauta holandês Andre Kuipers tirou uma bela foto do deserto do Saara, os círculos concêntricos em vários tons de cobre que ganharam o apelido de “Olho da África”. A imagem foi feita enquanto a Estação Espacial Internacional sobrevoava a Mauritânia.
A foto mostra uma estrutura muito peculiar, chamada Richat. Ela ocorre por causa da erosão em forma de anel que acontece em diversas camadas de rochas. A origem desse desgaste característico ainda é um mistério.
Hoje, existem seis pessoas que vivem na estação espacial: Kuipers, os norte-americanos Dan Burbank e Don Pettit, e os cosmonautas russos Anton Shkaplerov, Anatoly Ivanishin e Oleg Kononenko.

Cesta Cultural SPVA faz homenagem a Glorinha Oliveira


Sexta edição do evento será nesta sexta-feira, 30, no auditório do IFRN Cidade Alta

O projeto Cesta Cultural da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins (SPVA-RN) retoma as atividades mensais - toda última sexta-feira do mês - no IFRN Cidade Alta nesta sexta-feira, 30, às 19h, prestando uma homenagem ao rouxinol potiguar, a cantora Glorinha Oliveira.

Na programação além da homenagem a artista, aonde diversos artistas subirão ao palco para celebrar a música potiguar, terá a exposição "De Santos Reis a Ribeira" do poeta, trovador e artista plástico Pedro Grilo Neto, sarau poético e encerramento com coquetel no pátio do campus.

A primeira edição de 2012 do projeto Cesta Cultura com a SPVA acontecerá no auditório do IFRN Cidade Alta e conta com a coordenação de Deth Haak. O evento é gratuito e aberto ao público. Outras informações (84) 8722-2408.

Serviço
Cesta Cultural com a SPVA
Sexta-feira, 30 de março de 2012 - a partir das 19h
Auditório do IFRN Cidade Alta
Avenida Rio Branco, 743 - Cidade Alta
Informações: Deth Haak (84) 8722-2408

Apresentação com alunos nus choca estudantes em universidade no Amazonas

Por Redação Yahoo
Fotos: Divulgação/ Betilsa Rocha

Alunos do curso de Licenciatura de Artes Plásticas causaram polêmica no Amazonas.

Uma apresentação artística com quatro estudantes nus chocou estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus, na quarta-feira (21). A acolhida aos calouros no curso de Licenciatura de Artes Plásticas durante o projeto ‘Café com Artes’ gerou polêmica. As informações são do portal “G1”.
Quatro alunos participaram da mostra


Alguns estudantes se sentiram constrangidos diante da apresentação, que pretendia mostrar como funciona na prática a técnica de monotipia (processo de impressão artística por meio do qual se transfere, por pressão, uma pintura em cobre, vidro ou matéria plástica, para o papel). “As pessoas não estão acostumadas com esse tipo de coisa. Apoio quase todas as manifestações de arte na Universidade, mas essa foi meio tensa”, declarou ao portal de notícias o aluno do 4° período de Língua e Literatura Francesa, Bruno Davila.

“A roupa só iria atrapalhar [o processo]”, contou o idealizador da mostra, Fabiano Barros. Segundo o autor do trabalho, a mostra foi autorizada pelo professor Doutor do Departamento de Artes da Ufam, Otoni Mesquita. “Ninguém esperava um trabalho tão audacioso, porque 99% das pessoas têm medo ou repulsa ao nu, à beleza natural”, acrescentou.

Segundo a chefe  do Departamento de Artes, Denize Piccolotto, o nu artístico não chegou a acontecer porque os alunos usaram tapa sexo e estavam com o corpo pintado. “Eu acho que falar mal disso, em pleno século XXI, é um exagero por parte de pessoas que desconhecem o valor e o significado da arte”, disse a professora.

FRASE

Imagem:
abiopereira
guilherme
blogspot
com

Pior do que o fim do mundo, para mim é o fim do mês.

(Zeca Baleiro).

Dilma desembarca na Índia

quarta-feira, 28 de março de 2012

Confraria do Chorinho nesta quinta-feira, no Cangalha Bar

Nesta quinta-feira, 29, tem muito chorinho no Cangalha Bar e Petiscaria, na Confraria do Chorinho, a partir das 20h. O bar fica localizado na Av. Rota do Sol, em Ponta Negra. Antigo Skipetto. Convidamos a todos para uma noite de música de muita qualidade.

Sobre a Confraria:

A Confraria do Choro de Natal partiu da necessidade de se criar mais um espaço destinado a divulgação e incentivo a prática do choro na cidade, é formado por músicos locais que podem ser profissionais ou não, contanto que tenham disponibilidade de se apresentarem quando convocados.

Millôr Fernandes morre aos 88 anos no Rio

Escritor morreu na noite de terça-feira, em casa, no bairro de Ipanema, de falência múltipla dos órgãos; no ano passado, Millôr chegou a ficar 5 meses internado

Diogo e Diego

Natura é a única brasileira em ranking de empresas mais éticas do mundo

A Natura é a única brasileira a figurar no ranking de empresas mais éticas do mundo do Instituto Ethisphere. A companhia já havia figurado no levantamento no ano passado e em 2007.
A lista foi elaborada a partir de amostragens coletadas por meio de pesquisas qualitativas aplicadas nas companhias. As empresas foram avaliadas segundo os quesitos: ética, inovação, responsabilidade social e governança corporativa. O ranking deste ano contemplou 145 empresas de mais de 30 setores, do setor aeroespacial a produção de energia eólica.
O Instituto Ethisphere tem sede nos Estados Unidos, e dedica-se em divulgar mundialmente práticas de responsabilidade social corporativa, sustentabilidade, ética no trabalho e anticorrupção empresarial, a partir de pesquisas qualitativas e quantitativas.
O ranking reconhece as empresas que aplicam à ética, além do exigido pela legislação, levando as melhores práticas para o dia a dia das organizações.

O melhor baterista do mundo

FRASE

A Academia Brasileira de Letras se compõe de 39 membros e um morto rotativo. 
(Millôr Fernandes)
 

"O Invencível", de Satyajit Ray

No próximo sábado, 31, às 17h30 no Auditório da PotyLivros do Praia Shopping, em Natal, haverá o novo encontro do projeto cultural CAFÉ COM CINEMA. Na sessão, com entrada franca, será exibido o longa-metragem indiano O Invencível (Aparajito, 1956), dirigido por Satyajit Ray. Se trata do segundo filme da Trilogia de Apu, considerada uma obra-prima do cinema mundial.  Pela adesão do Café com Cinema à Hora do Planeta 2012, que acontecerá no mesmo dia da sessão das 20h30 às 21h30 e durante a qual todas as luzes serão apagadas, o encontro de sábado acontecerá excepcionalmente a partir das 17h30, ao invés que as 18h30 como de costume, e se encerrará antes das 20h30. Depois da exibição do filme haverá um debate a partir das reflexões despertadas pela obra e, no final do encontro, será realizado o sorteio de um livro entre os participantes. Todos os participantes do Café com Cinema terão direito a um café expresso gratuito de cortesia.

A partir de hoje é possível reservar o próprio lugar. Há 40 vagas disponíveis, o número máximo de cadeiras que cabem no Auditório da PotyLivros. Para reservar a sua, basta enviar um e-mail para cafecomcinemanatal@gmail.com colocando no assunto Reserva Sessão 31/03 e indicando seu nome no corpo da mensagem. Cada participante poderá solicitar reserva para duas pessoas no máximo, indicando os nomes de ambas no texto do e-mail.

Ponto de Equilíbrio e Bambu Station fazem show em Natal

Natal vai receber os maiores nomes do reggae numa única noite. Um expoente internacional e um dos maiores nomes brasileiros da reggae music se encontram no dia 21 de abril, no Largo da Rua Chile, às 22h. Ponto de Equilibrio (RJ) e Bambu Station (Ilhas Virgens) sobem ao palco para tocar retrospectivas de suas carreiras e músicas de seus mais recentes trabalhos. A banda local Rastafeeling também participa do encontro.
Um dos nomes mais importantes da cena reggae brasileira, a banda Ponto de Equilíbrio irá apresentar músicas de seu novo trabalho "Dia Após Dia Lutando", disco que abordam temas sociais, políticos e religiosos. O grupo carioca completou uma década de atividade mantendo-se fiel a suas raízes.
Após dois anos de espera, Bambu Station das Ilhas Virgens tem seu retorno confirmado. Aclamada e respeitada por toda crítica internacional por ter produzido um dos melhores álbuns de reggae dos últimos tempos, a banda vem ao país mostrar uma prévia do seu novo disco "How Tings ah Go".
Os ingressos para o show podem se adquiridos nas lojas Blumar (Centro) e Chilli Beans (Midway). Informações pelo telefone 3201.1345. A festa é uma produção de Gom’s.

Serviço:

O quê? Show Ponto de Equilíbrio, Bambu Station e Rastafeeling
Quando? 21 de abril (sábado)
Onde? Largo da Rua Chile – Ribeira
Que horas? 22h
Ingressos: Blumar (Centro) e Chilli Beans (Midway)
Informações: 3201.1345.

terça-feira, 27 de março de 2012

NATAL DE ANTIGAMENTE - VISTA AÉREA COLÉGIO ATENEU E GINÁSIO SÍLVIO PEDROSA

Década de 1950

NATAL DE ANTIGAMENTE - RIO POTENGI

HART PRESTON, 1941

Classe C chega a 54% da população

Dia do Teatro reúne exposição, lançamento de livro e intervenções cênicas no Bardallo’s

FOTO Vidaliterariazipnet

         Comemorado no mundo inteiro, o Dia do Teatro também não passará em branco na cidade dos Reis Magos. Iniciativa do Bardallo’s Comida & Arte reunirá hoje, 27, a partir de 19h, o lançamento do livro Repouso do Adônis – Bocas que Murmuram, do dramaturgo Paulo Jorge Dumaresq; exposição de fotografias do ator Fernando Athayde, exibição do vídeo da peça “A Missão” e apresentação de trechos de peças teatrais.
         Os fragmentos cênicos serão interpretados pelos atores Crésio Torres (Canto da Boca da Mata), Clenor Junior (O Sapatinho), Cristina Moreno (Bocas que Murmuram), Eliene Albuquerque (Deus e Sol, Farinha e Sal),  João Antonio Vale (Gota D’Água) e Bruce Brandão e Marcos de Hollanda (Bocas que Murmuram).
         A participação do DJ Rafael também está confirmada. Ele vai agitar o Bardallo’s com suas picapes incrementadas tocando Chico Science & Nação Zumbi, Ed Motta, Jorge Ben Jor, Lady Zu, Lulu Santos, Monobloco, Sandra de Sá, Tim Maia e outros bambas da MPB. Bar de referência e resistência cultural no centro da cidade, o Bardallo’s Comida & Arte fica localizado na rua Gonçalves Lêdo, 678. A entrada é franca.
Livro
         Após duas décadas de militância na literatura dramática, o dramaturgo e jornalista Paulo Jorge Dumaresq publica o livro Repouso do Adônis – Bocas que murmuram, pela Coleção Cultura Potiguar, selo da Secretaria Extraordinária de Cultura do RN e Fundação José Augusto (Secultrn/FJA).
         Editado pela Gráfica Manimbu, o livro apresenta as primeiras peças de Dumaresq escritas na década de 1990.  A comédia Repouso do Adônis (1991) é ambientada em bordel decadente de cidade de pequeno porte no interior do Estado do Rio Grande do Norte. Aborda a questão do poder e de seus desdobramentos no universo sociocultural do Nordeste. A secular relação opressor/oprimido é apresentada como modelo fidedigno da cultura da região desde a sua fase de colonização.
         O enredo tem início quando o Delegado Antão, ao saber que Dona Violeta, proprietária do Repouso do Adônis, hospeda sobrinha no cabaré, passa a chantagear a cafetina no intuito de possuir a adolescente Glorinha. Por seu turno, Violeta faz acordo com o boêmio e desocupado Sevé para desmascarar o Delegado.
         Repouso do Adônis é a primeira peça do dramaturgo Paulo Jorge Dumaresq. Estreou em 10 de dezembro de 2003, em Ilhéus (BA), numa montagem do Grupo de Teatro Do Pranto ao Riso, com direção de Paulo Costa. A montagem ilheense despertou o interesse de diversos grupos e companhias teatrais do país, pois, a partir daquela data, a peça não parou mais de ser encenada no Brasil e em Portugal.
 Ambientada na redação do Diário Incomunicante, Bocas que murmuram (1992) estabelece contraponto entre dois jornalistas de ideologias distintas. No caso, Alexandre, de formação direitista, e Vladimir, um esquerdista atuante. No decorrer da trama, os jornalistas ora afirmam suas posições, ora se contradizem, num jogo psicológico que inclui ainda o Editor do jornal e o deputado Chip Baccarat.
         Questões relevantes para a classe jornalística, tais como ética, liberdade de imprensa e remuneração salarial são abordadas de forma contundente pelos dois profissionais. A intenção de Bocas que murmuram é questionar, à luz do teatro, o problema da manipulação da informação, prática comum na imprensa mundial, independentemente de regime ou ideologia política. Em outras palavras, alertar aos que desejam uma imprensa livre sobre as armadilhas do poder econômico e político, preocupado apenas em fazer valer seus intentos.
         Esta tragicomédia estreou no Teatro Municipal Sandoval Wanderley, em Natal, na primavera de 1993, numa montagem da Cia. de Repertório Do Riso ao Pranto. A direção ficou aos cuidados de Paulo Jorge Dumaresq.

Di Stéffano comanda o jazz no Genot Maior

Di Stéffano e banda são as grandes atrações do Projeto Genot Maior – especial jazz, desta quinta-feira, 29. A apresentação fecha o ciclo jazz, que levou à Cafeteria Genot grandes nomes da música potiguar como: Manoca, Jr. Primata, Cleber Campos, Chico Beethoven, Airton, Alexandre Siqueira, Zé Fontes e Antônio de Pádua, em shows emocionantes durante todo o mês de março.

O músico Di Stéffano começou a tocar bateria desde cedo, aos nove anos demonstrou interesse pela música. Aos 10, iniciou suas apresentações em colégios, gincanas e palcos. Começou seus estudos de teoria e percepção musical e fez cursos livres com os renomados Paschoal Meirelles, Kiko Freitas, Gledson Meira e Robertinho Silva. Paralelamente, seguiu seus estudos como autodidata utilizando métodos de teoria, técnicas de leitura e independência, como também, pela audição de diversos estilos musicais de grandes mestres da bateria.

Baterista com larga atuação no mercado brasileiro, Di Stéffano já trabalhou com grandes nomes da música popular brasileira como: Dominguinhos, João Donato, Boca Livre, Daúde, Babal, Manassés Campos, Geraldo Azevedo, Valéria Oliveira, Roberta Sá, Zé Ramalho, Cláudio Zoli, Martinália, Max Viana, Evaldo Gouveia, entre outros.

         Na área instrumental já tocou com Ricardo Silveira, Marcel Powell, Celso Pixinga, Raul Mascarenhas, Dino Rangel, Ebinho Cardoso, Arthur Maia, Marcelo Martins, Eduardo Taufic, Jubileu Filho, Marcio Montarroyos, Rudi Berger, Alessio Menconi, Eileina Williams, Moreira Chonguiça, Dominique Fillon, Rudi Berger e Jeff Gardner.

Recentemente teve uma de suas músicas inserida no disco “Instrumental Nordeste”, coletânea que reúne importantes trabalhos jazzísticos do nordeste. É importante mencionar sua atuação como instrutor e educador. Além de clínicas individuais, tem realizado workshops e masterclass em todo o país.

Stéffano trabalha atualmente no Lançamento de seu primeiro DVD instrumental. “Di Stéffano ao vivo” que traduz numa linguagem vintage, a formatação de timbres e inflexões rítmicas preferenciais do músico. Na execução, conta com a participação de músicos do primeiro time da música instrumental brasileira.

Como produtor e músico foi indicado ao Grammy Latino 2010 na categoria Instrumental com o novo CD “O Tempo e a Música”, do compositor e baixista carioca Arthur Maia, lançado pelo selo Biscoito Fino. A apresentação do Jazz Trio com Di Stéffano começa às 18h30, no Genot Cafés Especiais, localizado na Livraria Siciliano do Midway Mall. Entrada franca.
 
Genot Cafés Especiais
Av. Bernardo Vieira, 3775 - Loja 327
Livraria Siciliano – Midway Mall
Tel. (84) 3344 3768

ONDE ESTÃO AS IDÉIAS?

Públio José – jornalista
(publiojose@gmail.com)

                    Tornei-me um político ao longo do ano de 2002 quando coordenei, aqui no estado, a campanha do candidato a presidente Anthony Garotinho. Antes, tinha com a atividade política uma ligação meramente profissional. Como profissional de marketing, tomara parte em várias campanhas eleitorais, elaborando trabalhos para candidatos a prefeito, deputado estadual, federal, senador, governador... Enfim, todos os níveis da disputa eleitoral. Como coordenador da campanha presidencial de Garotinho restringi meu trabalho à área urbana de Natal em virtude da falta de recursos para me deslocar pelo interior. Já em 2004, tendo em vista os excelentes resultados que o trabalho de coordenação em 2002 apresentara, vários companheiros acharam por bem lançar minha candidatura a prefeito de Natal, lamentavelmente destruída por uma aliança que, cheios de esperança, imaginávamos seria benéfica.                  
                    Para alavancar a candidatura fizemos contato direto com o eleitor. Foram centenas de reuniões, encontros de bairros, participação até em atividades festivas, tudo com o objetivo de estabelecer um relacionamento estreito com o eleitor, além de ouvir seus desejos, sonhos, frustrações. Foi um período muito rico. Experiências novas, modificação de conceitos, conhecimento de novas realidades e o estabelecimento de um elo de esperança entre nós e as pessoas que nos recebiam. Porque? Pela valorização do debate de idéias. Nesses encontros, as lideranças de bairros, as donas-de-casa, até mesmo os jovens (injustamente acusados de alienados e desinteressados do processo político) apresentavam idéias, articulavam proposições, se abriam, enfim, para um debate sério, profícuo, inovador. Por esse processo, os problemas locais eram passados a limpo, deixando de existir espaço para o besteirol, para a conversa fiada.
                        Durante o tempo em que esses encontros foram realizados, sempre priorizei o debate de idéias. A conseqüência, extremamente positiva, foi a formatação de um belíssimo programa de governo, por sinal bastante elogiado, e as condições de apresentá-lo, discuti-lo, debatê-lo. Tornei-me, assim, um político desejoso de manter acesa a chama da exposição construtiva de idéias, com o objetivo de enriquecer a discussão, de ocupar espaços nas mentes e nos corações das lideranças com propostas que apontassem soluções para as dores coletivas do povo. Entretanto, as dificuldades são inumeráveis para o político que quer se manter nesse diapasão, pois a quase totalidade das lideranças não está disposta a trilhar esse caminho. E o que se vê, com raras exceções, é tão somente a partidarização da atividade política, com o noticiário e as agendas entupidas com especulações as mais variadas possíveis.
                               Tudo gira em torno do novo partido de fulano, da nova filiação de beltrano, da candidatura de fulano a isso ou àquilo, quem vai trair quem, quem vai largar quem no meio do caminho, quem vai ser passado para trás. O político celebrado passa a ser, então, o que sabe enrolar mais, dissimular mais, trair mais. Sabido, matreiro, experiente não é aquele que levanta e defende uma bandeira, uma causa. Sabido e matreiro é aquele que sabe indicar o maior número de afilhados para cargos comissionados, é aquele que vence o adversário com estocadas próximas da marginalidade, que pratica a maior taxa de fisiologismo, que tem um discurso cujo conteúdo ninguém sabe qual é. Que, enfim, não se compromete com nada, muito antes pelo contrário. Ideologia não existe mais, virou palavra fora de moda. Eu, contudo, não penso assim. E por pensar assim, continuarei a luta pela exposição das minhas idéias.

FRASE

Viver no Rio é uma merda; mas é bom. Viver em New York é bom, mas é uma merda.  (Tom Jobim).

VOCÊ ACREDITA NO QUE DIZ ACREDITAR?

Flávio Rezende*

  Não me considero um cara chato e até dizem por ai que sou legal. O problema é que percebo que muitas pessoas dizem acreditar nisso e naquilo, mas, basta fazer uma pergunta bem simples relacionada ao assunto, para ficar bem claro que a crença afirmada não tem luz própria.

     Muitas pessoas reproduzem inconscientemente coisas que ouvem na infância e na adolescência, adotando algumas posições pelo simples comodismo delas serem aceitas pela grande maioria da população onde estão inseridas.

        Vejamos o caso de Deus. Pergunte a qualquer pessoa se acredita em Deus e, além de ver um olhar assustado, ouvirá quase que imediatamente que sim.

       Avance um pouco mais e pergunte se Deus em sua crença é uma pessoa física, é uma energia, o que é de maneira mais concreta e, pasmem, as pessoas ficam sem saber ao certo como explicar o que vem a ser Deus.

        Você pode até dizer que Deus é meio que subjetivo, é algo intangível, mas, vamos e convenhamos, se você acredita em Deus precisa dizer alguma coisa menos vaga.

       Tem uns que na hora do aperto tergiversam afirmando que isso é questão de fé, que não precisa de muita explicação. Bem, assim fica fácil acreditar em qualquer coisa não?

       Experimente perguntar sobre alguns outros assuntos e, salvo raras exceções, perceberás que as pessoas acreditam no que ouviram outros afirmarem, poucas de fato leram mais profundamente sobre o assunto, questionaram, estudaram, experimentaram, buscaram ver todos os ângulos e focos relacionados.

       Vivemos sob vários aspectos, na superficialidade das coisas, parecendo ser mais fácil atravessarmos a vida assim, sem muito esforço intelectual ou arguição de alguma coisa.

          Acreditar verdadeiramente em algo é tarefa difícil, exige muito de quem se atreve e, a única recompensa, no mundo atual, onde os bons vivem a míngua e os malfeitores curtem nababescamente, é que esses investigadores das coisas são carinhosamente intitulados de: formadores de opinião. Você acredita nisso?

* É escritor, jornalista e ativista social em Natal/RN (escritorflaviorezende@gmail.com)

segunda-feira, 26 de março de 2012

NATAL ANTIGA - ABC FUTEBOL CLUBE

ENVIADA POR JORGE LIRA
Dia do Teatro reúne exposição, lançamento de livro e intervenções cênicas no Bardallo’s          Comemorado no mundo inteiro, o Dia do Teatro também não passará em branco na cidade dos Reis Magos. Iniciativa do Bardallo’s Comida & Arte reunirá no dia 27 de março, a partir de 19h, o lançamento do livro Repouso do Adônis – Bocas que Murmuram, do dramaturgo Paulo Jorge Dumaresq; exposição de fotografias do ator Fernando Athayde, exibição do vídeo da peça “A Missão” e apresentação de trechos de peças teatrais.         Os fragmentos cênicos serão interpretados pelos atores Crésio Torres (Canto da Boca da Mata), Clenor Junior (O Sapatinho), Cristina Moreno (Bocas que Murmuram), Eliene Albuquerque (Deus e Sol, Farinha e Sal),  João Antonio Vale (Gota D’Água) e Bruce Brandão e Marcos de Hollanda (Bocas que Murmuram).         A participação do DJ Rafael também está confirmada. Ele vai agitar o Bardallo’s com suas picapes incrementadas tocando Chico Science & Nação Zumbi, Ed Motta, Jorge Ben Jor, Lady Zu, Lulu Santos, Monobloco, Sandra de Sá, Tim Maia e outros bambas da MPB. Bar de referência e resistência cultural no centro da cidade, o Bardallo’s Comida & Arte fica localizado na rua Gonçalves Lêdo, 678. A entrada é franca.Livro         Após duas décadas de militância na literatura dramática, o dramaturgo e jornalista Paulo Jorge Dumaresq publica o livro Repouso do Adônis – Bocas que murmuram, pela Coleção Cultura Potiguar, selo da Secretaria Extraordinária de Cultura do RN e Fundação José Augusto (Secultrn/FJA).         Editado pela Gráfica Manimbu, o livro apresenta as primeiras peças de Dumaresq escritas na década de 1990.  A comédia Repouso do Adônis (1991) é ambientada em bordel decadente de cidade de pequeno porte no interior do Estado do Rio Grande do Norte. Aborda a questão do poder e de seus desdobramentos no universo sociocultural do Nordeste. A secular relação opressor/oprimido é apresentada como modelo fidedigno da cultura da região desde a sua fase de colonização.         O enredo tem início quando o Delegado Antão, ao saber que Dona Violeta, proprietária do Repouso do Adônis, hospeda sobrinha no cabaré, passa a chantagear a cafetina no intuito de possuir a adolescente Glorinha. Por seu turno, Violeta faz acordo com o boêmio e desocupado Sevé para desmascarar o Delegado.         Repouso do Adônis é a primeira peça do dramaturgo Paulo Jorge Dumaresq. Estreou em 10 de dezembro de 2003, em Ilhéus (BA), numa montagem do Grupo de Teatro Do Pranto ao Riso, com direção de Paulo Costa. A montagem ilheense despertou o interesse de diversos grupos e companhias teatrais do país, pois, a partir daquela data, a peça não parou mais de ser encenada no Brasil e em Portugal. Ambientada na redação do Diário Incomunicante, Bocas que murmuram (1992) estabelece contraponto entre dois jornalistas de ideologias distintas. No caso, Alexandre, de formação direitista, e Vladimir, um esquerdista atuante. No decorrer da trama, os jornalistas ora afirmam suas posições, ora se contradizem, num jogo psicológico que inclui ainda o Editor do jornal e o deputado Chip Baccarat.         Questões relevantes para a classe jornalística, tais como ética, liberdade de imprensa e remuneração salarial são abordadas de forma contundente pelos dois profissionais. A intenção de Bocas que murmuram é questionar, à luz do teatro, o problema da manipulação da informação, prática comum na imprensa mundial, independentemente de regime ou ideologia política. Em outras palavras, alertar aos que desejam uma imprensa livre sobre as armadilhas do poder econômico e político, preocupado apenas em fazer valer seus intentos.         Esta tragicomédia estreou no Teatro Municipal Sandoval Wanderley, em Natal, na primavera de 1993, numa montagem da Cia. de Repertório Do Riso ao Pranto. A direção ficou aos cuidados de Paulo Jorge Dumaresq.


FRASE

Por ocasião da inauguração da Ponte Rio-Niterói, pediram a opinião do Max Nunes.

- Por um lado, é muito bom; por outro lado, é Niterói...

CONVITE

Memorial do Guerrilheiro Glênio Sá – Cidadão Natalense - VI

--- Walter Medeiros*

Glênio Sá era o dirigente maior do Partido no Rio Grande do Norte, e considerado um dos membros do partido mais preparados em todo o Brasil. Este fato era também do conhecimento de lideranças dos partidos convencionais, que demonstravam por ele um grande respeito e admiração. O ingresso de novos militantes, vindos do Movimento Estudantil e de movimentos sociais em bairros, fazia o crescimento da organização, ao ponto de decidirem alugar uma ampla sala que serviria de sede, em um prédio situado nas proximidades da casa de Glênio. Ali passaram a promover reuniões com o fim de preparar melhor as atividades.
Em meio às articulações políticas que fazia, o PC do B sentia a necessidade de ocupar espaços nas eleições. Foi assim que em 1984 resolveu participar da campanha apoiando a candidatura do então deputado Garibaldi Filho (PMDB) para prefeito da Capital. Era a primeira eleição direta para prefeito desde o início da ditadura. Até então, os prefeitos das capitais eram nomeados pelos governadores dos estados. O partido participou da campanha, devido a uma aproximação promovida por amigos, que tinham relacionamento profissional com a família do candidato. Garibaldi foi eleito.
Na campanha seguinte, o Partido decidiu lançar Glênio como candidato a Deputado Estadual, pelo PMDB. Era a seqüência de atividades que haviam-se iniciado com a realização de um considerável ato público no dia 11 de abril de 1985, no Teatro do bairro, pela Comissão pela legalidade do PC do B. O slogan divulgado na ocasião era: “O direito à liberdade não se mendiga, se conquista”. Em campanha ele sofreu um acidente de automóvel que o deixou imobilizado por várias semanas e sem mais condições de disputa naquele pleito.
Até 1985, aquelas atividades partidárias eram consideradas clandestinas. O envolvimento com as atividades socialistas faziam Glênio visado e prejudicavam qualquer tentativa de exercer atividade profissional regular, embora tenha tido por alguns meses um emprego na empresa de informática Sistema. Ele foi, entre 1984 e 1990, candidato sucessivamente a vereador, deputado estadual e senador, representando frentes de esquerda, o que somou experiências para o Partido obter mais adiante bons resultados eleitorais.
Em julho de 1990, uma notícia da televisão chocou a todos. Um acidente de automóvel tirou a vida de Glênio e do seu companheiro de viagem Alírio Guerra. Eles passavam pelo município de Jaçanã, quando o carro em que viajavam foi colidido de frente por outro que trafegava em sentido contrário cheio de pessoas embriagadas. A movimentação foi imensa, desde a chegada da notícia, o velório e o enterro, ao som da música “Canção da América”. E a imprensa destacou os dois, dando-lhes o título de “Caminhantes dos Sonhos”.
Na despedida os familiares e amigos destacavam que ficava a lembrança inapagável da sua presença física, que transmitia tanto amor, confiança, certeza, força, lealdade, dignidade, simplicidade, justiça, ânimo e pureza. Além de alistá-los entre os “imprescindíveis”.
Glênio morreu sem receber as reparações devidas pelo Estado, que fez da sua vida um período de desassossego e mazelas. Por causa das torturas sofridas nos cárceres da ditadura militar, vivia sobressaltado e demonstrava impaciência e incômodo, resultado do período em que teve de ficar confinado em ambientes impróprios para a permanência de qualquer ser humano.
Nesta sexta-feira, 23 de março de 2012, Glênio Sá recebe – in memorian – o honroso Título de Cidadão Natalense. Na sua simplicidade gigante, imagino seu discreto sorriso, ao tomar conhecimento da honraria a ele destinada por esta cidade, onde viveu tão intensamente sua vida, ceifada ainda na mocidade dos seus 40 anos. E diria mais uma vez frase que ressoou anos seguidos em seus lábios, nos dias, noites e madrugadas de militância: “Um por todos, todos por um!”.

*Jornalista

Janduís ganha um Fundo Municipal de Cultura

A Câmara Municipal de Janduís aprovou neste mês o Projeto de Lei de autoria do Poder Executivo, que cria o Fundo Municipal de Cultura, com garantia de repasses de 1% das Receitas Correntes do município. O fundo foi uma das deliberações da 1ª Conferência Municipal de Cultura, realizada em dezembro de 2012.

Nísia Floresta recebe museu dia 28


Será inaugurado, no próxima quarta, 28, às 16h, o Museu Nísia Floresta. O projeto de instalação do museu foi contemplado pelo Programa Mais Museu do Ministério da Cultura e contará com espaços de exposição permanente da vida e obra de Nísia Floresta, biblioteca, sala de cinema, sala de exposições temporárias de arte, sala para oficinas culturais e uma sala de pesquisa. O Museu fica localizado na Praça Cel. José de Araújo, no. 135 – Centro.

Chá para desinchar

Os chás que evitam a retenção de líquidos são essencias para ajudar no emagrecimento. A receita a seguir inclui ingredientes como a cavalinha, cabelo de milho e cana do brejo, confira!

Por PAULA FACIROLI

Beber chá diariamente é um grande passo para o emagrecimento e para ter um dia a dia mais saudável. Os chás que evitam a retenção de líquidos são essencias para ajudar no emagrecimento e na perda da temida "barriguinha".  Com o auxílio de uma nutricionista montamos um delicioso chá para desinchar! A bebida inclui ingredientes como a cavalinha, cabelo de milho e cana do brejo.

Segundo a nutricionista Cíntia Ferreira os pacientes que ingerem esse tipo de chá diariamente relatam que sentem aumento considerável da diurese. "Eles se sentem mais leves durante o dia pois percebem as extremidades como (pés e mãos) menos inchados, as roupas servem melhores, a região das coxas e da barriguinha fica mais enxuta e com aspecto da pele mais lisa, com menos ondulações, consequentemente emagrecem", disse.

O chá é indicado para pessoas que possuem retenção de líquidos, má circulação ou sentem que o corpo incha durante o dia. Para ficar ainda mais saboroso, pode-se incluir na receita 3 paus de canela. "O ideal é tomar aos poucos durante o dia, como por exemplo, uma garrafinha de 500 ml durante a manhã e outra a tarde", disse Cíntia.

Fonte: MSN

domingo, 25 de março de 2012

AREIA MOVEDIÇA, A Copa sob as dunas, Natal RN - ESPN - Parte 2

Mostra O Cabelo no Cinema – Agora é a Vez dos Homens

Os cabelos que fizeram a cabeça de gerações e contaram a história da moda no cinema estão de volta – desta vez, os masculinos. Depois da Mostra “Morena/Loira - O Cabelo no Cinema”, que o Cineclube Natal e Nalva Melo Café Salão produziram em julho de 2011 e que reuniu cinéfilos e fashionistas em sessões concorridas, uma “versão masculina” da Mostra foi programada para começar no próximo dia 26 de março, seguindo até 1° de abril.

Ainda sob a inspiração da Mostra preparada pela Cinemateca Francesa em Paris "Brune/Blonde", agora os sete filmes escolhidos pretendem abranger um panorama do estilo masculino ao longo da história, captado pelas lentes de cineastas que registraram o comportamento de homens em distintas culturas, lugares, épocas.

Do engomadinho Rodolfo Valentino, considerado um dos primeiros símbolos sexuais do cinema, até a ousadia dos anos 90, com os cabelos de outro galã, Johnny Depp, a filmografia escolhida mostra o quanto as referências de beleza mudaram ao longo das décadas no cinema. O topete de James Dean emJuventude Transviada virou ícone do estilo dos anos 50, e o visual de John Travolta em Os Embalos de Sábado à Noite é um retrato de que modas vão e voltam.

Há ainda a carequice de YulBrynner em O Rei e Eu, e a farta cabeleira de Dennis Hopper em Sem Destino, demonstrando que cortes e penteados não são somente um detalhe na definição de um estilo masculino: eles fazem parte da identidade desses personagens, e contribuem para a força expressiva de suas figuras.

A oportunidade é não só para passear pela história do cinema ao longo do século XX, mas também uma forma de reconhecer as mudanças estéticas ocorridas ao longo desse tempo, no cinema e na sociedade. As sessões começam sempre às 19h, em Nalva Melo Café Salão, na Av. Duque de Caxias, n. 110, Ribeira. A taxa de manutenção é de R$ 2.

SINOPSES

26/03: O cabelo de Rodolfo Valentino: o primeiro garanhão - O Sheik, 1922:
O Sheik Ahmed (Rodolfo Valentino) apaixona-se pela socialite britânica Diana (Agnes Ayres), e a seqüestra, levando-a para sua tenda em um deserto. Desesperada, Diana tenta escapar de suas mãos, mas acaba se envolvendo com este homem perigoso.

27/03: O cabelo de James Dean: a época da juventude transviada - Juventude Transviada, 1955:
Jim Stark (James Dean) é um bom rapaz, mas que acabou tomando rumo errado na vida sem motivo aparente - o que justifica o termo "rebelde sem causa" do título original. Seus pais sempre mudam-se de cidade para encobrir as besteiras que seu filho faz, porém Jim os confronta quando percebe que fez algo realmente sério desta vez. Em contraponto, acaba se apaixonando pela linda Judy (Natalie Wood), namorada do principal envolvido no caso errado de Jim.

28/03: O cabelo (falta de) de YulBrynner: a marca da "carequice" – O Rei e Eu, 1956:
O filme conta a história verídica de uma inglesa viúva, Anna Leonewens (Kerr), que aceita um emprego no Sião para tornar-se professora da corte real em 1860. Apesar de ela logo se desentender com o teimoso monarca (Brynner), com o passar do tempo, Anna e o Rei deixam de tentar mudar um ao outro e começam a se entender. O Rei e Eu contém alguns dos mais magníficos cenários da história de Hollywood e algumas das mais amadas canções, incluindo "GettingToKnowYou", "I Whish Me a AHappy Tune", "Hello Young Lovers" e "ShallWe Dance?".

29/03: O cabelo de Peter Fonda: a época de paz e amor - Sem Destino, 1969:
Um clássico dos anos 60, que marcou toda uma geração. Mergulhe na contracultura dos anos 60 sem nenhuma censura, nesta emocionante mistura de drogas, sexo e política. Jack Nicholson estrela com Peter Fonda e Dennis Hopper (que também dirige) neste clássico incomum, que a Revista Time elogiou como um dos dez mais importantes filmes da década. Indicado para o Oscar de Melhor Roteiro em 1969, Sem Destino continua a emocionar o público de todas as idades.

30/03: Os cabelos de Robert Redford e Paul Newman: loiro x castanho - Butch Cassidy, 1969:
Dois amigos inseparáveis, Butch (um ex-açougueiro) Cassidy e Sundance Kid, lideram o Bando do Buraco na Parede e vivem de assaltar trens e bancos. Quando são caçados por todo o país resolvem ir para a Bolívia e juntamente com Etta, a namorada de Sundance, rumam para a América do Sul. Mas esta decisão não lhes proporcionará grandes assaltos ou uma vida mais tranqüila.

31/03: O cabelo de John Travolta: a época da discoteca - Os Embalos de Sábado a Noite, 1977:
Tony Manero é um jovem sem perspectivas de vida, que só vê razão na sua existência quando está em uma pista de dança. Lá ele é o maioral, mas começa a questionar sua vida através da influência de algumas pessoas que o rodeiam.

01/04: O cabelo de Johnny Deep: a nova marca da rebeldia e ousadia – Benny&Joon, Corações em Conflito, 1993:
Nesta sensível comédia romântica, Benny (Aidan Quinn) e Joon (Mary Stuart Masterson) são irmãos. Ele, mais velho, toma conta dela, que tem problemas mentais. Quando perde uma aposta, Benny tem que fazer um favor a um amigo e trazer para casa mais um "maluquinho", Sam (Johnny Depp), que vive imitando Charlie Chaplin e Buster Keaton. Sam e Joon se apaixonam, e pela primeira vez Benny se vê com ciúme da irmã, com medo de perdê-la e tendo que aceitar que Joon pode e quer ter sua própria vida.

Memorial do Guerrilheiro Glênio Sá – Cidadão Natalense - V

--- Walter Medeiros*

Em fins dos anos setenta e início dos anos oitenta a organização das entidades sindicais podia ser considerada o assunto mais importante para os trabalhadores brasileiros. Os movimentos reivindicatórios surgiam e se expandiam, principalmente nos sindicatos paulistas, servindo como ponto inicial de uma série de lutas operárias no país, culminando com a convergência de interesses pela conquista de novas condições de trabalho e pela representação nacional única.
Interrompida pelo golpe militar de 1964, a experiência do Comando Geral dos Trabalhadores – CGT e demais organizações populares haviam sido tolhidas de qualquer possibilidade de atuação. Os sindicatos sofreram intervenção, milhares de dirigentes foram presos e perseguidos. Mas desde 1977, com a chamada “distensão”, renascera a idéia e a busca da organização unitária geral, depois que os empresários promoveram, naquele ano, a 1ª Conferência Nacional das Classes Produtoras – CONCLAP.
Glênio trazia sempre as informações necessárias à compreensão do estabelecimento de novos níveis de organização, acompanhando atentamente cada evento da área. Assim, analisava todos os resultados do 3º Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais, em Brasília; da Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras – CONCLAT, realizada em agosto de 1980, em São Paulo; e a decisão dos 5.247 delegados representantes de 1.126 entidades sindicais pela  escolha de uma comissão pró-Central Única dos Trabalhadores – Pro-CUT.
O movimento evoluiu e Glênio Sá era figura sempre presente e influente na articulação, que mobilizou sociedades de amigos de bairros, movimento de mulheres, movimento contra a carestia, pastoral operária, pastoral da juventude, associações de servidores públicos, de estudantes e de professores, além de partidos políticos de oposição e dos sindicatos de trabalhadores. Onde havia espaço, estava ele levando a sua palavra de luta, admirada e seguida cada vez por mais pessoas que decidiam acompanhá-lo.
Em meio a toda aquela efervescência, onde as atividades e decisões eram sempre tomadas em cima de fatos novos e muitos deles em situações nunca antes vivenciadas, surgia uma grande questão, que já apontava para a futura legalização dos partidos clandestinos. Num fim de semana mais agitado para o ritmo de trabalho que levavam, Glênio e seus camaradas receberam a visita de mais um emissário do Comitê Central do PC do B, que tratava da pressa em criar um partido operário que fosse legalizado, a fim de reunir aquelas massas esquerdistas e participar das eleições.
A sugestão era de que se chamasse PP – Partido Popular, que seria uma forma ampla de aglutinar as massas, a partir do próprio nome. Havia uma vibração natural pelas novas possibilidades de militância e pela sigla de fácil propagação: PP. Mas o esforço não deu resultado. Poucos dias depois, políticos tradicionais anteciparam-se e fundaram um partido com o mesmo nome, embora reunindo setores da elite. Chegou até a ser apelidado de “partido dos banqueiros”. Naquela mesma ocasião surgia o Partido dos Trabalhadores – PT. Em razão destes acontecimentos, as demais forças populares apressaram-se na busca de alternativas que representassem os anseios daquele momento.

*Jornalista

DANÇAR

Vejo: pés rápidos deslizam
        passos convencionados.
        O rosto preso no exemplo.
        Mãos inertes ao contato.

Reflito a posição exigida
e lamento o acontecimento:

dançar é esquecer o que vejo.

                 Ativar as mãos
                 deslizar o rosto
                 reinventar o som
                                  em movimento.

 (Pedro Du Bois, inédito)

Bolo fantástico

A preparação da massa básica de bolo varia bastante, mas alguns truques valem para todas. Capriche nessa receita e impressione sua família – eles não vão aguentar ficar um dia sem essa delícia.

1 - A massa fica especialmente fofa se substituirmos parcialmente manteiga por óleo ou adicionarmos 1 colher de sopa de vinagre à massa. O mesmo vale se substituirmos a metade do leite por água mineral gasosa.

2 - Fôrmas preaquecidas no forno ficam mais fáceis de untar.

3 - O bolo se solta mais fácil depois de assar se colocarmos a fôrma um pouco no congelador depois de untar.

4 - Se furarmos a massa de bolo levedada, amanteigada ou folheada com um garfo antes de assar, ela não forma bolhas.

5 - Nos primeiros 20 minutos não se deve abrir o forno, ou o bolo pode solar.

6 - O bolo cresce especialmente bem se colocarmos no forno um recipiente resistente ao calor com água.
7 - Para ver se o bolo está assado, deve-se introduzir um palito ou garfo na massa. Se saírem limpinhos, o bolo está pronto.

8 - Um bolo nunca deve ser resfriado repentinamente, senão murcha. É melhor deixá-lo no forno desligado e aberto.

9 - Para ver se a umidade da massa está no ponto certo, deve-se observar o seguinte: a massa de bolo levedada não cola nas mãos após descansar. A massa básica cai em pedaços das hastes da batedeira; se ficar presa, está muito consistente. Massa amanteigada tem de estar macia após ser batida; se ficar esfarelada, está muito seca.

Fonte: O Melhor da Sabedoria Popular – Reader´s Digest

TRIP adere à campanha 'Mais Noronha' com tarifas promocionais

THAIS RIBEIRO 

Movimento tem como objetivo incentivar o turismo em Fernando de Noronha (PE), no período de baixa temporada

A TRIP Linhas Aéreas aderiu à campanha ‘Mais Noronha’, promovida pela Secretaria de Turismo de Pernambuco e a Administração de Noronha, com o objetivo de incentivar o turismo em Fernando de Noronha (PE), durante a baixa temporada. A companhia aérea reduzirá suas tarifas em até 40 %, com saídas de voos de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Recife (PE) e Natal (RN).

Além da TRIP, outras 65 empresas com operação na ilha, entre agentes de viagem, hotelaria e prestadores de serviço, já se comprometeram a reduzir preços. Um dos destinos mais desejados para viagens, agora, vai estar mais acessível para os brasileiros.

‘Temos uma história especial com Fernando de Noronha, onde iniciamos nossas operações como companhia aérea. Temos total interesse em ajudar o Governo do Estado a promover a ilha e incentivar o tráfego de turistas na baixa temporada. Todo mundo deve ganhar com essa iniciativa’, reforça Evaristo Mascarenhas, diretor de marketing e vendas da TRIP.

As passagens promocionais da TRIP Linhas Aéreas para a ilha de Fernando de Noronha estarão disponíveis para compras até o dia 08 de abril, por seis vezes de R$ 159,90 para os voos com origem nas regiões Sudeste e Centro – Oeste e a partir de seis vezes de R$ 119,90 para os voos com origem na região Nordeste. O valor é válido para trechos ida e volta, sendo que o embarque e retorno têm que ser realizados até 30 de junho, exceto nos feriados. As passagens poderão ser encontradas nas agências de viagens credenciadas, pelo portal www.voetrip.com.br, nos aeroportos ou na Central de Vendas 0300 789 8747 ou 3003 8747 (regiões metropolitanas).

Confira a tabela com os horários dos voos (horários locais):

Origem Destino Partida Chegada
São Paulo (SP) Fernando de Noronha 7h15 14h00
Rio de Janeiro (RJ) Fernando de Noronha 7h20 14h00
Vitória (ES) Fernando de Noronha 7h05 14h00
Campinas (SP) Fernando de Noronha 7h11 14h00
Belo Horizonte (MG) Fernando de Noronha 9h03 14h00
Goiânia (GO) Fernando de Noronha 6h50 14h00
Recife (PE) Fernando de Noronha 12h02 14h00
Natal (RN) Fernando de Noronha 11h10 13h20
Origem Destino Partida Chegada
Fernando de Noronha São Paulo (SP) 17h10 22h55
Fernando de Noronha Rio de Janeiro (RJ) 17h10 21h57
Fernando de Noronha Vitória (ES) 17h10 22h05
Fernando de Noronha Campinas (SP) 17h10 22h15
Fernando de Noronha Belo Horizonte (MG) 17h50 11h04
Fernando de Noronha Goiânia (GO) 17h10 22h35
Fernando de Noronha Recife (PE) 17h50 19h15
Fernando de Noronha Natal (RN) 8h00 14h00

CONVITE

sábado, 24 de março de 2012

AREIA MOVEDIÇA, A Copa sob as dunas, Natal RN - ESPN - Parte 7 Final

Marcelino, esse incorrigível

Minervino Wanderley*

Marcelino, assim como tantos Pedros, Manueis, Joaquins, era um cara tranquilo. Gostava de música, especialmente dos Beatles, futebol, mulheres, um whisky, e assim ia levando sua vida. Casou-se uma penca de vezes com Marias, Marisas, Joanas, Aídas, e, entre idas e vindas, ele ia tocando o cotidiano.
Mas, um belo dia, o coração de Marcelino bateu mais forte. Foi na aula de pintura que ele a viu (Pois é. Até em aula de pintura esse camarada ia atrás de mulher!). Era uma menina de rosto bonito e o sorriso mais ainda. Tiana era o seu nome. Ele foi se chegando e começaram a namorar. Uns meses de beijos e carícias foram o suficiente para que ele juntasse os trapos com ela. Meses bons. Amores à luz da Lua, promessas, viagens, e tudo isso que um casal apaixonado faz.
Tudo levava a crer que o incorrigível Marcelino, coração já duro de tantas batalhas - "Ele tem mais 100 cabaços nas costas", diziam. -, tinha sido fisgado pelo amor. Parece mentira, mas até os sonhos de ir morar no exterior ele deixou de lado pela brancosa. "Lá eu não sei o que vai acontecer. Aqui o negócio tá garantido", justificava-se ele junto aos amigos.
E assim foi. Durante anos, décadas até, ele a branquinha viveram juntos. Era um amor bonito. Tão bonito quanto eram feias as brigas que eles tinham. Foi então, depois de bem 25 anos de casamento, que o incorrigível Marcelino sentiu que não sentia mais nada pela companheira. Tiana também sentiu que não sentia mais nada por Marcelino. E, sem as frescuras de divórcio, decidiram se separar. De nada adiantaram os apelos dos amigos comuns. "Bicho, pense de novo", dizia um pra ele. "Mulher, tenha calma e veja o que estão fazendo", dizia outra pra ela.
Tudo em vão. Marcelino e Tiana se separaram e cada um tomou seu rumo. Porém, quis o destino (sempre ele), que, tanto Marcelino quanto Tiana não encontrassem as 'tampas de suas panelas', como se diz. Tentaram os errados e as erradas na esperança de encontrar o certo e a certa, mas nada aconteceu. A solidão insitia em ser a companheira dos dois.
Mas, como tudo neste mundo tem um fim, o jejum de amor de Marcelino chegou ao final. E foi assim, sem querer, que aquela sensação invadiu seu corpo. Marcelino não acreditou. "Que danado é isso!", pensou. A razão dessa dúvida era porque esse sentimento veio, sem quê nem mais, porém de forma avassaladora, por uma pessoa que ele julgava que apenas fazia parte do seu passado. Que nada! Bastou vê-la para o coração se descompassar. E, pelo olhar dela, havia reciprocidade.
Pois bem. O destino (de novo ele!) foi buscar no fundo do baú a figura de Elza, uma morena cheia de graça que ele namorou nas suas andanças. Fazia algum tempo que ele não a via. Mas, para o amor, isso pouco importa. Marcelino estava, outra vez, com a flecha do amor cravada no coração. Como ele era de pouca conversa nesses casos, largou-lhe um beijo e propôs casamento. Elza, hoje independente e dona de si, topou na hora.
A última notícia que se tem dele é que foi, com Elza, é claro, para o Canadá buscar uma filha de nome Luiza que teimava em não sair de lá.
Tenho saudades do grande e incorrigível Marcelino. Tomara que ele tenha tomado juízo e se aquietado com Elza e seus doze filhos.
PS: Não tive mais notícias de Tiana.

*Jornalista

Neste Domingo no Projeto “Som do Mar’’ Trio Pitombeira e MusiJazz Trio.

Ismael Miranda  - Foto: Divulgação
O Trio Pitombeira, formado por Rogério Pitomba (BATERIA), Ismael Miranda (BAIXO) e Paulo Cesar PC (PIANO),  apresenta neste domingo no projeto Som do Mar o show “Mistura Fina” com um repertório que vai do Jazz à Clássicos Musica Popular Brasileira, eles interpretarão musicas de Tom Jobim, João Donato, Michel Petrucciani além de canções autorais.

MusiJazz Trio - Contém no seu repertório música Brasileira e clássicos do Jazz Norte Americano e composição autoral, tendo como enfoque compositores, tais como: Djavan, tom Jobim,Egberto Gismonte, Baden Power, Hermeto pascoal, Miles Davis, Charlie Parker e outros compositores significativos na música universal.   O MusiJazz trio tem na sua formação; Paulo Brunis (Guitarra), Ranier Alvez (baixo) e Isaac Sol (Bateria).

Serviço: Projeto Som do Mar
Domingo 25
17h  Trio Pitombeira
19h  MusiJazz Trio

3º piso do `` Mãos de Arte ‘’  shopping de Artesanato – Praia dos Artistas
Entrada e estacionamento Gratuitos
Inf: 9175 9870

( Em caso de chuva a programação será realizada na parte interna e coberta da Praça de Alimentação )

Posse da Nova Diretoria da APURN

A Associação dos Professores da UFRN anuncia a posse dos novos diretores, que seguirão a orientação dos professores Francisco Freitas Filho, na presidência e, José Melo de Carvalho, na vice-presidência.

O evento de posse da nova diretoria da Apurn será realizado no anfiteatro da Escola de Enfermagem de Natal, no Campus Central da UFRN, às 17 horas do dia 10 de abril de 2012. Logo após a cerimônia, será servido um coquetel.

Memorial do Guerrilheiro Glênio Sá – Cidadão Natalense - IV

--- Walter Medeiros*

A têmpera revolucionária de Glênio fazia-o buscar incessantemente a reimplantação do Partido na região, através dos contatos possíveis. Noites, madrugadas e dias afora ele tentava reconstituir os documentos, entre eles os Estatutos, ao mesmo tempo em que procurava participar dos raros eventos democráticos que eram programados. Corajosamente, fundou, juntamente com outros militantes políticos, no início de 1980, no bairro de Igapó, uma Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos - SDDH.

A SDDH foi a forma encontrada para aglutinar as pessoas e organizar as reivindicações populares, que eram muitas. Mesmo localizada em Igapó, a entidade tinha um trabalho abrangente e seus representantes tornavam-se propagadores das idéias libertárias que tomavam corpo a cada dia. Além do que se tratava de uma associação criada e registrada dentro de todas as exigências da legislação civil.

Tratava-se de uma entidade democrática e comprometida com a luta dos setores populares, que reunia um grupo considerável de pessoas e discutia os assuntos políticos do momento. A primeira grande luta da sociedade foi contra a poluição provocada por uma fábrica de diatomita – Diafil - que afetava os moradores do bairro. Manifestações, atos e ações de protesto contavam com a participação de operários, donas de casa, clubes de mães e de jovens, estudantes e profissionais liberais.

Daquele movimento surgiu a necessidade de reproduzir documentos, algo proibitivo à época; as gráficas eram ambientes muito visados pela repressão. Optaram, então, por fazer um jornalzinho mimeografado, num mimeógrafo a álcool que adquiriram disfarçadamente na Loja Sosic e que era capaz de fazer 50 cópias, em tinta azul, datilografando folhas de stêncil.

Havia uma movimentação revolucionária, onde as exigências por democracia aumentavam e o povo clamava por uma Constituinte que substituísse o autoritarismo da Emenda Constitucional Nº 1, chamada de Constituição de 1967. Era conseqüência da experiência dos anti-candidatos Ulisses Guimarães e Barbosa Lima Sobrinho, para Presidente e Vice-Presidente da República e outros momentos de luta nos meios partidários e estudantis, uma vez que os sindicatos quase não participavam de atividades que entrassem em confronto com a ditadura.

Algum contato feito pelos partidos clandestinos eram avaliados muito cuidadosamente, pois podiam tratar-se de ciladas da repressão. Tempo em que até as informações tinham que ser decoradas e não anotadas, para não deixar pistas. Um dos amigos comentava sobre a dificuldade que teve para transmitir uma mensagem a um dos seus camaradas, um endereço em Paris, que decorou completamente. E o camarada que recebeu a informação também decorou. Ninguém podia se arriscar.

Depois de retomado o contato com o Partido, periodicamente recebiam a visita de membros do Comitê Central, que traziam documentos e informações, além de realizar reuniões completas para atualizar a todos. Eram antigos camaradas, que traziam grandes experiências da luta revolucionária e novos militantes, que estavam exercendo funções importantes na política nacional ou regional. As reuniões eram sempre um período de total tensão. O aparelho tinha que ser mantido na mais perfeita camuflagem e o sigilo sobre a presença do representante nacional era total. Nada podia ser revelado nem mesmo aos familiares que não estivessem envolvidos com o Partido, pois tratava-se de questão de vida ou morte.

*Jornalista

sexta-feira, 23 de março de 2012

NATAL ANTIGA

Natal antiga. Não identifico a rua. (Enviada por Jorge Lira)

Prefeitura de Natal

Pesquisa revela que mais de 70% dos eleitores não votarão em candidato ‘ficha suja’

Uma pesquisa realizada pela Consult, por encomenda do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) revelou que 73,80% dos eleitores de Natal não votarão em candidato ‘ficha suja’ para a Prefeitura de Natal, independente de ele ter sido condenado em primeira instância ou por colegiado de juízes, na segunda hipótese, conforme a Lei da Ficha Limpa.

Do universo dos entrevistados, 4,6% não tinham opinião formada, 14,8% disse que dependeria da condenação e 6,8% não deixaria de votar.

Diante dessa pesquisa fica claro que o candidato que tiver a ‘ficha limpa’ sai na vantagem, até porque o objetivo da pesquisa não visou estabelecer em qual candidato o eleitor iria votar, mas tão somente no seu desejo de ter a frente da Prefeitura de Natal um gestor que tenha um passado limpo, sem máculas.

O fato é que o eleitor está cansado de ver tantos escândalos e tanta gente se apropriando de bens públicos mantidos pelos impostos dos cidadãos comuns. A epidemia da corrupção é nacional, mas começa nos municípios.

(Por Leonardo Sodré / AEcoar)

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Ora, ora...

O item mais discutido na Lei Geral da Copa, a ser votada em abril, é a liberação de bebida alcoólica nos estádios. Pura hipocrisia. Quem quer beber, bebe de todo jeito e, dá um jeito.

Nó cego

As autoridades do trânsito de Natal – se é que existem – precisam rever a sinalização do cruzamento da Avenida Jaguarari com a Avenida Capitão Mor Gouveia. Os engarrafamentos constantes estão ficando insuportáveis e não existem vias alternativas. Um semáforo de quatro tempos ajudaria.

Ameaças

De acordo com notícia veiculada em jornal impresso de Natal o casal Carla Ubarana e George Leal vinha sofrendo ameaças de morte desde que foram presos, caso “falassem demais”. Com o acordo da delação premiada eles deverão indicar quem teria interesse em calá-los.

ENTREVISTA PUBLICADA NO "O BOTEQUEIRO", NR. 14

Castilho, o boêmio da Redinha 

“As tartarugas que nasceram no ano em que nasci (1937) nem menstruaram ainda. Ainda vou viver muito”.

Por Leonardo Sodré
Da equipe de O Botequeiro

Numa terça-feira de março de muito calor eu e João Dias fomos entrevistar uma das figuras mais carismáticas da boemia natalense. Castilho, ou Carlos Augusto Pinto, 74, no Bar e Restaurante 294. João havia me telefonado no dia anterior me convocando para o encontro e eu fiquei feliz porque iria me reencontrar com um fraternal amigo, de alguns bares e Carnavais. Comentei com o editor que já conhecia algumas “histórias” engraçadas de Castilho e do seu relacionamento com a cultura e figuras memoráveis da terra de Poty. Quando eu cheguei, Castilho, que já foi jogador profissional na década de 1950, como goleiro do América, já estava diante de uma cerveja, com seu capacete de motociclista do lado e a chave pendurada no pescoço. João Dias, cervejeiro de quatro costados, estava, estranhamente, diante de uma Coca-Cola. Castilho levantou-se e me abraçou afetuosamente. Ele é muito grande, beira um metro e noventa. Fui logo perguntando: E aí meu velho, pronto para a entrevista? Ele respondeu avexado: “Semipronto! Deixe-me tomar mais um copinho”. E sorriu...

Conheci Castilho no Principado de Santa Rita, como eu chamo a casa do empresário aposentado Carlinhos Pacheco, que com sua esposa, a engenheira Gil, recebe como ninguém. Encontrei-o diante de um lancheira de jardim de infância, azul, de onde tirou o kit de sobrevivência etílica: vodca, suco de laranja e gelo. Falando baixinho me confidenciou que dentro da lancheira carregava uma lata de sardinha e um tubo de repelente. “A sardinha é para no caso de chegarmos a algum lugar sem tira-gosto – que não é o caso desta casa - e o repelente é para no caso de eu ficar bêbado em uma rede, em alguma varanda aqui da Redinha ou Santa Rita, cheia de muriçocas”. Sorrimos. Depois de alguns minutos de um papo agradabilíssimo ele foi inspecionar a cozinha da casa. Voltou e novamente cochichou no meu ouvido: “Rapaz... Estou emocionado! Vá ver o cozido que a doutora Gil preparou. Vá!”

A entrevista

- (João Dias) Castilho eu não sabia que você pilotava motocicleta. Você veio da Redinha até aqui nela? Castilho sorria, quando respondeu:

- Deixei a 950 envenenada estacionada do outro lado da rua...

Nesse ponto eu interrompi para dizer a ele que João Dias já conhecia a presepada da motocicleta. O fato é que Castilho nunca montou numa motocicleta. Aliás, tem horror a esse tipo de veículo, mas costuma entrar com seu corpanzil nos bares carregando o capacete, luvas e uma chave dependurada no pescoço. A última que ele aprontou foi no Bar Azulão. Começou a beber logo cedo e quando já estava no meio da tarde resolveu fazer-se de bêbado. Foi aquele fuzuê, com todo mundo querendo tomar o capacete e a chave da moto, que ninguém nunca viu. Castilho, que do outro lado da mesa ria sem parar, me interrompeu. “Tinha um coroa, oficial aposentado do Exército, que estava no bar e que indignado dizia: “eu pensei que este velho tinha juízo”. Aí, o médico Jair Navarro, que é muito espirituoso, disse ao coroa que eu tinha sido motociclista da Polícia do Exército, em Brasília, que eu ia à frente do carro do presidente da República. Essas coisas. Nesse ponto o coroa encheu-se de respeito por mim e disse: “Então ele tem experiência”. Ah! Tem um detalhe este meu capacete não cabe na minha cabeça e isso somente foi descoberto naquele dia”.

- (Leonardo Sodré) E como é a história da nota de 100 reais entre o plástico da carteira de cigarros vazia?

- Ah! Essa é ótima. Vez por outra eu vou ao Centro de Natal resolver alguma coisa. Então passo pela frente daquelas financeiras que emprestam dinheiro a todo mundo e lascam os aposentados e pego aquelas notas promocionais de papel de 100 reais. Depois saio procurando carteiras de cigarros vazias pelo chão. Com o “kit Pegadinha” pronto, divirto-me com os incautos. Sorriu. Pego a “nota” de 100 reais, dobro bem dobradinha e coloco entre o plástico e a carteira de cigarros. Muita gente faz isso quando vai para a praia, lá na Redinha. Depois jogo no chão. Outro dia, no Bar Pé do Gavião, um camarada que vinha de bicicleta deu um freio tão grande atrás dos 100 reais na carteira, que se esborrachou todinho no chão. Todo relado pegou a carteira de cigarros, montou na bicicleta empenada e saiu ainda mais ligeiro. Fiquei imaginando a cara dele lá na frente... - Gargalhadas!

- (JD) Você nasceu em Natal?

- Nasci em Lajes. Não conheci meu pai que morreu quando eu tinha apenas sete meses. Curiosamente a minha filha não conheceu a mãe, porque minha esposa morreu com 28 anos quando ela somente tinha cinco meses. Aliás, sou muito grato a minha irmã, Francisquinha Nogueira, que foi a mãe da minha filha com a ajuda do seu esposo, Luiz. Nesse ponto eu estava com três estados civis, dos sete que acumulei: solteiro, casado e viúvo. Depois completei os outros: casado de novo, desquitado e divorciado. Ainda muito jovem fui para Mossoró onde morei com uma tia até 1944, quando finalmente vim para Natal para estudar no Salesiano, depois Externato São Luiz e finalmente no Marista, aonde me prostituí.

- (LS) Como assim, prostituiu-se?

- Porque foi lá onde eu conheci amigos que me levaram para tudo quanto era bar e cabaré de Natal. O Cabaré de Maria Boa era muito caro, então me iniciei no sexo em um dos cabarés da Rua 15 de Novembro, na velha Ribeira. Aliás, naquela rua tinha um chamado de Ideal, que era muito famoso e ideal mesmo!

- (JD) O apelido Castilho surgiu quando você foi ser jogador – goleiro – profissional do América Futebol Clube?

- Perfeitamente. O apelido foi dado pelos olheiros do futebol. Eu era melhor do que Castilho da Seleção Brasileira. Aí, no início da década de 1950 fui jogar no América. A princípio na reserva, mas logo passei a titular. Naquele tempo as condições eram precárias. Não tinha luva e nem nada. Eram somente cuspe e areia nas mãos. Risos. Aliás - disse mostrando uma foto para comprovar a empreitada -, no Torneio Início de 1954 a nossa equipe, desfilando no Estádio Juvenal Lamartine, encheu as mãos de areia e quando passamos pela frasqueira do ABC jogamos na torcida. Se fizéssemos isso hoje em dia estaríamos todos mortos! - Risos.

- (JD) Quando você ficou viúvo já tinha parado de jogar futebol?

- Rapaz... Pergunta de jornal. Ah! Me lembrei. Terezinha morreu em 1962 e em 1960 eu tinha parado de jogar.

- (LS) Depois que desistiu da carreira de jogador de futebol, foi fazer o quê?

- Depois, trabalhei sempre como desenhista. Comecei na Base Naval de Natal. Depois fui para a Força e Luz, a atual Cosern. Foi quando em 1970 fui convidado para ir trabalhar na similar estatal na Bahia, em Salvador. Ficava vindo a Natal e para a Redinha sempre que tinha uma oportunidade, mas somente voltei de vez em 1998, apesar de já estar aposentado desde 1991, por causa dos filhos. Sabe como é né? Os meninos... Quando eu morava em Salvador ficava doido que aparecesse alguém de Natal. Adorava ciceronear os amigos que iam por lá...

- (LS) Então você estava sempre por dentro das notícias de Natal. Interrompi.

- Sim! Chegava muitos jornais de Natal e o pessoal do prédio onde eu morava confundiam o jornal O Poty com “o pote”. Ô povo ignorante!

- (JD) Qual o bar que você freqüenta na Redinha?

- O único que existe: O Pé do Gavião.         

- (LS) E política? Chegou a se meter com política em Natal?

- Somente uma vez para pegar uma carona.  – Risos -. O fato é que eu vinha caminhando na Hermes da Fonseca quando vi uma carreata enorme de políticos e muita gente, que ia para a inauguração do Hotel dos Reis Magos, em Areia Preta. Acho que era em 1966. Vinha Aluízio Alves e Aristófanes Fernandes e mais um bocado de gente num caminhão entupido de gente. Não sei por que, parou perto da calçada e eu não contei conversa. Um amigo que estava lá me deu a mão e eu subi, me sentando lá atrás. Aos poucos – fez o movimento de se afastar de lado quase sem se levantar – fui chegando até a frente, onde fiquei perto de Aluízio e Aristófanes. Quando chegou na casa dos Ferreira de Souza, teve outra parada para Aluízio trocar o paletó por uma camisa verde. Aristófanes foi acompanhá-lo e estendeu a dose dupla de uísque – do bom! – para trás, como em busca de um assessor. Mas, o assessor fui eu, que imediatamente fiz esse favor para ele. O homem tinha bom gosto. Tomei em dois goles. Quando chegou no hotel, enquanto eles faziam intermináveis discursos, saí de fininho, ainda com saudade do uísque de Aristófanes, em direção ao Bar Jangadeiro. Foi a minha primeira e última participação na política...

- (JD) Obviamente, quando você voltou para Natal, os amigos de Salvador também vinham lhe visitar...

- Vinham sempre. Uma vez aprontei com um grande amigo, funcionário da Petrobras, que me telefonou dizendo que vinha participar de uma licitação aqui em Natal. Fui buscá-lo no aeroporto de carro, mas levei meu capacete e as luvas. Quando ele apareceu no salão de desembarque lá estava eu com o capacete na mão. Cumprimentou-me visivelmente constrangido e depois pediu licença para falar com a esposa pelo celular. De longe eu pressentia que o problema era a motocicleta que nunca tive. Depois do telefonema ele chegou junto e disse: “Castilho, não me leve a mal, mas eu não ando de motocicleta de jeito de nenhum!”. Eu disse que não tinha problema e que ele esperasse na calçada que eu ia buscar um taxi de um amigo, que era mais barato. Em pouco tempo cheguei no meu próprio carro. E, ele rindo, tascou: “Castilho, você não tem jeito!” Uma vez chegou os deputados estaduais Márcio Marinho e Paulo de Tarso, que precisavam fazer hora para pegar um avião, das 09h até as 21h. Visitamos quase todos os bares de Salvador.

- (LS) E a paixão pela Redinha?

- Desde criança eu veraneio na Redinha. Hoje tenho uma boa casa que construí e moro lá há um bocado de tempo. Não saio nunca mais.

- (LS) E o Carnaval da Redinha?

- É o melhor do Nordeste, tirando Olinda! – Exagerou -. Ou melhor, é empate! Lembro que no Carnaval da Redinha e antes em Salvador sempre me fantasiei de anjo. Somente recentemente me converti à mórmon. E não vá escrever que foi por causa do dízimo, viu? – Risos -. Brinco no blocos Banda do Siri, Redinha dos meus amores, Fiéis do Gavião, Baiacu na Vara e recentemente criamos o bloco A Grande Família, que foi sucesso total neste Carnaval, com bandinha de frevo a ser paga pela Capitania das Artes. Não sei se eles vão receber, mas que tocaram, tocaram...

- (LS) Fale dos seus amigos...

- Ah! Os meus amigos do coração... Lembro muito de Newton Navarro, Luís Carlos Guimarães, Vicente Serejo, Carlos Pacheco, Gil, Véscio Pinheiro, Terezinha, Danilo Bessa, Vera Bessa, Jair Navarro, que é do mesmo lote de Oscar Niemeyer e vive correndo na Afonso Pena, Felipão, que é aposentado do BB, Werner Hackradt, José Neuman, João do Pé do Gavião, Ismael Benévolo, Hélio Rocha, Eunélio Silva, Gilson Barbosa, Anira, Fábio Lima, Vanessa, José Medeiros Rocha, Hugo Pires, Chico Bittencourt, Joca da Hora, Liz Nôga, João da Mata, Carmem, Jorge e Ilinha, você e Carlinhos, meu filho e companheiro.

- E fulano? Ele não me deixou escrever o nome.

- Pule essa parte. – Castilho não gosta de falar de ninguém.

- (JD) Aos 74 anos quais as preocupações com a vida?

- Eu acho pouco viver 70, 80 anos. Ora, as tartarugas que nasceram no ano em que nasci (1937) ainda nem menstruaram e ainda vivem 300, 350 anos! E tem mais, não fazem porra nenhuma... - Risos.

- (LS) E as recordações? Você está aí com um saco enorme de fotos e recortes de jornais...

- São muitas! Tenho inúmeras fotos e recortes de jornais. Aliás, deixe-me pegar uma foto da Peixada da Comadre e da Lanchonete Kixou no setor “B” do meu saco. - Depois, relacionou os bares que freqüentava: Granada Bar, Confeitaria Cisne, Bar Briza Del Mare, Bar É Nosso, Ok Bar, mais desconhecido e que ficava defronte ao cinema Rex, Picado do Monteiro, Carneirinho de Outro, Tenda do Cigano, Centro Cearense e Confeitaria Delícia.

- (JD) Qual o bar da juventude, antes de casar?

- Os que eu já disse e o Soçaite lá nas Quintas aonde eu ia para dançar e também o Andaluzia, na Frei Miguelinho, na Ribeira. Ah! Lembrei-me do famoso Cova da Onça, aonde Woden Madruga me vê muito que eu não conheci, mas continuo freqüentando. - Risos.

- (JD) Você gosta de boemia e de Carnaval. Como era em Salvador?

- Ah! Bem lembrado. Em Salvador eu participava de muitas coisas boemias e do Carnaval. Fui membro de uma confraria chamada Chorões do Canal, uma espécie de clube de choro similar ao Clambom de Natal, que inclusive me elogiou em um DVD (ele mostrou um exemplar) - nesse ponto Castilho se emociona -. Frequentei muitos bares e festas em Salvador, sobretudo no Carnaval. Lembro-me dos bares do Firmino de Itapuã, Quiosque da Janaina, Raso da Catarina (dos intelectuais) e Monte Serrat. No Carnaval saía sempre no Bloco da Associação Etílica Sentimental e Carnavalesca “Chegando Bonito”.

- (LS) E os amores?

- Rapaz... Antes da primeira esposa tive um grande amor. Depois, casei com o segundo amor e o resto foi tudo estagiária... – Risos -. Agora, somente pretendo viver dez carnavais e duas Copas do Mundo.

- (LS) Todo boêmio tem sua bebida preferida. Qual é a sua?

- Comecei bebendo Rum com Coca-Cola, feito você. Depois passei para a aguardente e agora estou no tempo da vodca com suco de laranja. Cerveja para mim é sobremesa. Bebo de sexta-feira a domingo, quando começa o “Fantástico”. Não bebo a prestação, deixo tudo para o final de semana. Sem beber me divirto vendo filmes até de madrugada e rindo com as besteiras das traduções, tipo “aceita uma bebida ou algo assim” ou então “seu filho vai ser enterrado com honras de herói”. Risos.

- (JD) Para terminar. A quem você é grato?

- Sou grato e rendo homenagem ao meu filho Carlinhos, a sua esposo Luciane e a minha neta Luane, que moram comigo e formam uma família cuja marca maior é a alegria. Sou muito feliz em viver em companhia de pessoas cuja bondade é o vetor de suas vidas. Ah! Vocês querem me fazer chorar! Peça uma cerveja aí, João Dias...