terça-feira, 30 de março de 2010

Saúde

Extremoz perde o Consórcio Estadual do SAMU por decisão da Câmara Municipal

O Projeto de Lei que ratificava a inclusão do município de Extremoz ao Consórcio Estadual para Administração do Serviço de Atendimento Móvel às Urgências (SAMU), de autoria do executivo e que custaria mensalmente apenas R$ 4 mil para que o município tivesse acesso a esse importante serviço de saúde foi reprovado pela maioria dos vereadores da Câmara Municipal de Extremoz.

Os edis oposicionistas Bruno Diniz, Djalma Sales, Jaeusdes Xavier, Joaz Oliveira, Lúcia Ramalho e Kiara Lucy votaram contra o Projeto de Lei 603/2010 durante sessão extraordinária realizada na manhã desta quarta-feira, 30. Apenas os vereadores Gilson Sales e Valdemir Cordeiro Lopes foram favoráveis ao consórcio. A vereadora Arilandia Ferro não compareceu a sessão extraordinária.

Os vereadores que fazem parte da bancada tde oposição usaram do discurso fácil para justificar a não aprovação do Projeto de Lei. Embora sabendo que a contrapartida do município teria um valor ínfimo com relação ao orçamento, argumentaram o inimaginável considerando “que o projeto tinha teor obscuro e dotação orçamentária considerada alta, além da criação de vários cabides de empregos” , ignorando as informações de que o orçamento do consórcio é dividido consecutivamente 60% pelo Estado, 30% pela União e apenas 10% divididos entre todos os municípios envolvidos.

Motivação

Os parlamentares da oposição que prestaram um desserviço a população de Extremoz esqueceram da informação de que todos os cargos são de responsabilidade estadual e apelaram para a desinformação, alegando que o prefeito Klauss Rêgo estava motivado pela oportunidade de empregar pessoas. Fonte com trânsito na Câmara Municipal de Extremoz comentavam, entretanto, que a revolta dos vereadores estava intimamente ligada a interesses particulares não atendidos pelo prefeito. Ou seja, o rancor foi o vetor para que eles negassem a aprovação de um serviço de primeira linha, prejudicando toda a população do município, que fica fora de uma rede estadual de ambulâncias.

Maledicência

As declarações maledicentes equivocadas dos vereadores oposicionistas confundiram à população causando um grande tumulto dentro daquela Casa de Leis. “O povo ficou revoltado e é com muita tristeza que recebemos o resultado da votação, porque foi decidido na Comissão Intergestora Bipartide-CIB que o SAMU iria ser administrado pelo consórcio e não mais pelo Estado. Conseqüentemente, na hora em que a Câmara Municipal de Extremoz nega a autorização para o projeto - porque envolve custo - o município fica fora”, lamentou a secretária de Saúde, Walmira Guedes. O prefeito Klauss Rêgo também demonstrou indignação. “É lamentável a falta de compromisso dos vereadores com a população. A mesma população que os elegeu”, enfatizou. “Extremoz perdeu um grande serviço por atitude inconseqüente de alguns vereadores”, encerrou o prefeito.

Esclarecimentos

Os vereadores de Extremoz tiveram duas ocasiões para conhecer em detalhes todo o procedimento de adesão da prefeitura ao consórcio. Duas reuniões para apresentação do Projeto de Lei 603/2010 foram marcadas com os vereadores. A primeira no dia 25 e outra nesta terça-feira, dia 29, já que apenas dois parlamentares compareceram a primeira reunião. Mas, na segundo reunião, a exemplo da primeira, compareceram apenas os vereadores Valdemir Cordeiro e Gilson Sales.

Como a prazo para adesão do município ao consórcio estabelecido pelo Ministério da Saúde vence nesta quarta-feira, 30 de março, o município deixa de fazer parte do consórcio e corre risco de perder os serviços do SAMU que já existem na cidade.
 
 
Com Vanda Albuquerque

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