sábado, 31 de janeiro de 2015

ANTEPASSAR


No antepassado o silêncio sepulcral
do desinteresse com que me debruço
ao destino. O passar dos anos
amiúda a inconsequência de seguir
em frente. Alardeio o futuro em progressos
e não aprendo a exteriorizar sentimentos

- em laboratórios tentam
 novo paradigma humano
        feito gesto e plástico.

Aos antepassados rendo glórias
em datas pré-fixadas. Denomino
ruas. Fixo placas.

- no fim do corredor
 chora o passado: triste
             rosto à imagem.

(Pedro Du Bois, inédito)

Nenhum comentário:

Postar um comentário