sábado, 22 de março de 2014

Deserto de Poesia


















De repente, não mora no meu peito,
A poesia que outrora era pulsante,
Que tomava meu corpo a cada instante...
E deixava-me sem razão e sem jeito.

Como o rio transbordando todo leito
Cada verso surgia sempre constante,
Que meu ser transbordava delirante
Revelando minha alma sem conceito.

Hoje busco nos campos de mim mesmo
E perdido, tropeço e ando a esmo,
Procurando a flor da inspiração.

Já cansado, só enxergo o previsível,
E procuro a floresta do sensível,
Mas encontro o deserto coração.

Gilmar Leite

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