sábado, 15 de março de 2014

Tristes tempos de violência!


Minervino Wanderley*

É fato que a violência cresce a passos largos no Brasil e no mundo. É fato, também, que nós, neste antes tranquilo pedaço de rincão passamos por uma situação de criminalidade que beira o descontrole. Cenas de brutalidade só aconteciam em lugares distantes. Não passava pela cabeça de ninguém que essas coisas aparecessem por aqui. Quando ouvíamos – ou assistíamos – a qualquer noticiário, ficávamos arrepiados com os fatos narrados. “Ainda bem que não é por aqui”, pensávamos com alívio.

Porém, devagar e sem alarde, a violência se instalou entre nós. Hoje, assaltos, arrastões, assassinatos, tráfico, tudo está banalizado. Achamos até bom quando uma pessoa é assaltada e o marginal surrupia “apenas” seus pertences. Isso é muito ruim. É sinal de que a indignação está dando lugar ao “deixa pra lá”. Quase que dizendo: “Não foi comigo, tá bom demais”. É, amigos, estamos entregues aos marginais. Não temos gabinetes a nos proteger, nem casas cercadas por atentos vigilantes. Temo muito que a situação chegue ao ponto em que a população comece a pensar que a solução deverá ser a justiça com as próprias mãos. As ruas virarão campos de batalha. Cada um por si! Triste, isso.

Mas, o que nos levou a chegar nesse ponto? O governo apregoa que a vida dos brasileiros está melhor e que a pobreza está desaparecendo. Isso deveria baixar a criminalidade, não é? Pura balela! Na verdade, enquanto se distribui bolsa disso, bolsa daquilo, auxílio daqui, ajuda dacolá, os marginais afanam as bolsas dos trabalhadores. A impunidade motiva o crime e os “menores” agem com toda crueldade sempre protegidos pelo falso escudo da maioridade. Reforçando isso, ouvi no “Jornal da 96 FM”, um áudio sobre um assalto cometido por duas “menores”. A maneira como elas trataram o crime foi absurdamente chocante. Diziam: “Se não desse o celular era faca na caveira!” E tome gargalhadas. O repórter perguntou se elas não estavam preocupadas com as consequências e a resposta foi a mais revoltante possível: “Somos de menor, dotô. Depois nós vai para casa”.  E vão! E nossa luta é em vão!

Diante desse quadro, defendo a adoção de uma medida radical! Tipo assim: TOLERÂNCIA ZERO! Ora, se deu certo em Nova Iorque, vai dar certo aqui também. Só há um porém e a fábula de La Fontaine serve de moldura para o caso: quem vai colocar o guizo no pescoço do gato?

*Jornalista

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