segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Comunidade carcerária do RN sofre com a falta de estrutura e compromete Delegacias da capital

Por Larissa Moura

Depois de quase um ano do acordo entre o Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol) e o Governo do Estado para o fim da custódia ilegal dos presos em delegacias de polícia, a 11º DP, localizada no conjunto Cidade Satélite, em Natal, ainda divide espaço com uma espécie “presídio”, com 38 homens divididos em três Celas.

Devido à falta de estrutura da delegacia, as fugas acontecem pelo destelhamento de parte da cela ou até mesmo pela perfuração da parede, que já está bastante comprometida. Somente em 2010 já foram registradas oito fugas, sendo que apenas três fugitivos foram recapturados.

Embora a 11º funcione também como um Centro de Detenção Provisório (CDP), a unidade mantém presos que está a quase dois anos aguardando julgamento, como é o caso de Wellington Viana de Souza, 23, detido por assalto a mão armada. De acordo com o diretor da CDP, Canindé Alves, a delegacia funciona como centro de detenção desde novembro de 2009, mas confirma a falta de estrutura do local. “Procuramos fazer o melhor, mas praticamente não existe verba”, reclamou.

Outras duas delegacias dividem espaço com um presídio, a 14º DP no Bairro Felipe Camarão e a 7º DP. A última, segundo Canindé Alves, possui cerca de 50 presos. Augusto Macedo, subcoordenador da Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape), explicou que medidas já estão sendo aplicadas para melhorar a situação. Citou como exemplo a restauração da nova unidade penitenciária em Macaíba e o novo pavilhão de Alcaçuz. A previsão de entrega é para o dia 1º de Dezembro. Com isso, haverá um acréscimo de 900 vagas no sistema carcerário do Rio Grande do Norte até o inicio de 2011.

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