Ailton Salviano
Geólogo/Jornalista
Há poucos dias, certo industrial natalense do segmento de alimentação assistia atencioso à palestra do Dr. Bactéria sobre contaminações. Com auxílio de projeções do “Power Point”, o pesquisador enumerava os locais de maior acúmulo e proliferação das bactérias nas instalações industriais. Maçanetas das portas, telefones fixos e celulares, carrinhos de mão (tipo supermercado), canetas, botões de elevadores, teclados de computadores, torneiras, tampas de sanitários e assim por diante.
Ao mesmo tempo em que apontava os locais infestados, o Dr. Bactéria informava a maneira prática de evitar a contaminação. Fazer a assepsia dos locais com certa frequência e dispor frascos de álcool gel em locais de aglomeração, pias com detergentes, sabões e papel descartável etc. Nosso industrial fazia anotações num pequeno bloco sem desviar a atenção.
Após uns trinta minutos de exposição, o palestrante, na tentativa de relaxar um pouco o ambiente, iniciou uma relação curiosa de locais com bactérias nas pessoas. Primeiro falou das axilas onde a presença de bactérias causa mau odor. Depois citou a boca, outro local preferido por esses organismos, independente dos dentes possuírem ou não, cáries. Finalmente, citou as genitais como um outro local de preferência das bactérias. E aí veio a comparação inesperada que tanto provocou a admiração do nosso industrial.
Afirmou o Dr. Bactéria: “Por mais incrível que possa parecer, existem muito mais bactérias na nossa boca que na genitália feminina!”.
- Como é que é doutor? O senhor disse que na nossa boca...
E antes que o industrial concluísse, o doutor Bactéria, impassível, assegurou:
- Isso mesmo, o que você ia dizer. A nossa boca tem várias colônias de bactérias que superam em muito aquelas encontradas no órgão genital feminino!
- Quer dizer então doutor que quando essas duas partes se encontram a boca é o elemento contaminante?
- Exatamente, meu caro! Concluiu sem qualquer dúvida, o doutor Bactéria.
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