domingo, 16 de dezembro de 2012

SEM TÍTULO



Simone Sodré
Texto e foto

Quanto temos que não ter para de verdade ser.
O paradoxo do eterno dia e das falsas madrugadas.
Que diria torquato neto de novo às três da madrugada com postes sem tungstênio azulando o chão, cujo manto sufoca o caldo denso, a essência do planeta?
E que diria a lua, nua, em seus quartos?
Há sol aqui e ali e água pra refratar e refletir
Uns, verão
Outros, narcisos
Poucos, invernos
Em muitos, o escuro, inferno.
Desejo a escuridão, tenho medo do escuro, do breu, dos novos animais, das revelações.
Que imagens sairão da câmara escura
desse orgone
do fundamental
E que diriam as estrelas
que nem hão?

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