Roberto Guedes, Jornal de RG
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Colaboradores muito próximos à ex-governadora Wilma de Faria começaram ontem, segunda-feira 3, a recear quanto à permanência da administradora de empresas Graça Motta no estafe do governador Iberê Ferreira de Souza, que nos últimos dias andou catalisando o processo de desocupação de espaços que remanescente da gestão de sua antecessora ainda ocupam em torno de seu gabinete.
Alguns querem, inclusive, lançar mão, logo, do prestígio do deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB), que namora com uma filha de Graça e a seu ver desfruta de mais prestígio do que Wilma junto a Iberê. Há poucos dias, a propósito, Nélter apareceu na imprensa alertando exatamente para o fato de vilmistas estarem prejudicando a atuação do chefe do executivo.
O que passou a preocupar em relação a Graça, que tem sido um dos mais íntimos colaboradores de Wilma desde quando esta coadjuvava dona Tereza Maia, esposa do então governador Tarcísio, na presidência da organização não governamental Movimento Estadual de Integração e Orientação Social (Meios), no período de 1.975 a 1.979, é o fato de Iberê haver colocado no olho da rua, sexta-feira passada, outra integrante desta “tropa de choque” vilmista.
Trata-se da assistente social Marilene Dantas, que perdeu na última sexta-feira a sub-chefe da Casa Civil para o ex-prefeito Hudson Lisboa, de Santana do Seridó, que nos últimos cinco anos se transformou num dos mais fiéis escudeiros de Iberê. A ligação é tão forte que, segundo vilmistas, o Governador correu riscos ao promover sua nomeação, tendo em vista que pesam contra Hudson, como dizem, condenações motivadas por problemas na gestão da prefeitura de Santana.
Os vilmistas estranham não apenas a troca de uma pessoa de “ficha limpa”, como dizem, por político que problemas com a justiça teriam impedido de disputar a prefeitura de sua terra em 2.008. Eles se mostram desapontados, também, quanto à rapidez com que Iberê procura se descartar de vilmistas históricos.
Segundo dizem, ele fez pior do que o então prefeito Carlos Eduardo Alves a partir de 2.003. Wilma só deixou a prefeitura de Natal, em abril de 2.002, mediante compromisso de Carlos Eduardo, seu vice-prefeito, no sentido de segurar toda sua equipe até que ela conquistasse o governo do Estado. Ela se elegeu em outubro do mesmo ano e tomou posse no início de janeiro. “Táta” segurou os vilmistas durante todo este tempo, e ainda fez questão de segurar dois que a princípio lhe pareciam indispensáveis. Foram Marilene e o engenheiro Damião Pita.
Os vilmistas se decepcionaram com Carlos Eduardo pela forma como mais tarde ele defenestrou Marilene, mas reconhecem que ele segurou a equipe durante todo o tempo que pactuou com Wilma. Eles têm certeza de que Wilma e Iberê se entenderam sobre a manutenção da tropa de choque pelo menos enquanto ela estivesse tentando conquistar uma cadeira no Senado da república.
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