terça-feira, 25 de maio de 2010

Alzeny Nelo vence Concurso de Canto

Andrea Pestana e Francisco Conte
UFRJ

Bravo, bravíssimo! Com uma atuação irretocável a soprano natalense Alzeny Nelo venceu no domingo, 23, o Concurso Nacional de Canto Lírico/Ópera promovido pela Escola de Música (EM) com objetivo de incentivar o surgimento de novos talentos nessa área tradicional da música de concerto. Última a se apresentar, Nelo levantou o público que lotou o Salão Leopoldo Miguez ao interpretar com segurança e maturidade as áreas "Grazie – Nel grave tormento", da ópera Mitridate, rè di Ponto, de Mozart, e "Air des Clochettes", da Lakmé, de Delibes. Pela vitória, além de um prêmio em dinheiro de R$8 mil, recebeu convites para a participação na temporada 2010 do Theatro Municipal, na temporada 2010/2011 da Sala Cecília Meireles e na temporada 2010/2011 da Orquestra Sinfônica Nacional da UFF. Ao agradecer os aplausos da plateia, Alzeny Nelo enfatizou que eventos como estes são importantes, pois podem abrir portas e ampliar os espaços de trabalho dos cantores líricos nacionais.
Foto: Renan Salotto

Não foi, porém, uma escolha fácil como destacou a soprano Ruth Staerk, presidente do banca integrada também por André Heller, João Guilherme Ripper, Céline Imbert e Silvio Viegas, já que o nível elevado dos candidatos obrigou a reunião para deliberação durar mais do que uma hora.
Em segundo lugar ficou a soprano Gabriela Rossi, que obteve o prêmio de R$ 5 mil, convite para a temporada 2010/2011 da Orquestra Petrobrás Sinfônica e o Prêmio Música no Museu - participação na temporada 2010. Em terceiro, Maíra Laurert, ganhou R$ 3 mil em dinheiro e convite para a temporada 2010/2011 da Orquestra Sinfônica da UFRJ e o Prêmio Música no Museu - participação na temporada 2010.
As sopranos Manuela Vieira e Chiara Santoro ficaram, respectivamente, com os Prêmios IBAM, participação na temporada 2010, e Música no Museu, temporada 2010.
Prometendo mais iniciativas do gênero, André Cardoso, diretor da EM, elogiou o nível dos candidatos e enfatizou que o evento confirma que "felizmente a ópera no Brasil continua viva e tem um grande futuro".
O concurso contou com o patrocínio do Banco do Brasil e apoio de instituições como o Theatro Municipal, a Sala Cecília Meireles e o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM); da Série Música no Museu e das Orquestras Petrobras Sinfônica, da Sinfônica Nacional da UFF e da Sinfônica da UFRJ. A organização do evento ficou à cargo do Setor Artístico da EM e sua comissão executiva foi composta por Heliana Farah, Homero Velho, Veruschka Mainhard, professores, e André Garcez, Andréa Pestana e Neilton Cardoso, funcionários.
Após uma pré-seleção que escolheu 23 dos 82 inscritos, a fase final do concurso se desenvolveu em três etapas. No dia 21 de maio se apresentaram os 23 candidatos pré-selecionados que, segundo as normas do concurso, executaram uma ária de ópera escrita até o final do século XVIII (1800) e outra de livre escolha - obrigatoriamente em línguas distintas. No dia seguinte, 22, foi a vez da semifinal, quando 12 candidatos selecionados no dia anterior pela banca mostraram duas áreas de livre escolha, sendo uma necessariamente de compositor brasileiro, composta ou não em português. Na final, 23, os oito melhores candidatos retornaram ao palco do Leopoldo Miguez para duas árias de livre escolha, que agora puderam ser em um mesmo idioma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário