quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Medicina popular e práticas integrativas são discutidas no Agosto da Alegria


As tradicionais práticas de medicina popular como a antiga parteira, rezadeira, benzedeira, raizeira e até as qualidades de curandeiras de mães e pais de santo, tão corriqueiras na sociedade nordestina, estarão em evidência na programação relativa à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) do Agosto da Alegria. Uma mesa redonda, promovida pela Coordenadoria de Promoção à Saúde (CPS), vai discutir, nesta quinta-feira (01), as práticas integrativas e complementares na Saúde. O evento ocorrerá, a partir das 08h, no Teatro de Cultura Popular, na Rua Jundiaí, ao lado da Fundação José Augusto.
Os debates contarão com a participação do Secretário de Estado da Saúde Pública, Domício Arruda, e da ex-secretária adjunta da Sesap, Ana Tânia Sampaio, representantes do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, além de praticantes da medicina popular. Pela manhã, o tema será “Pluralização e ampliação do conceito de saúde em 20 anos de SUS”, das 8h às 12h. Já à tarde, a discussão terá como foco as “Experiências em Práticas Populares em Saúde”, das 14 às 17h.

De acordo com Rossi Linhares, da Subcoordenadoria de Informação, Educação e Comunicação da Sesap (SIEC), o evento trata da importância de atividades que vêm sendo praticadas ao longo dos tempos na sociedade nordestina, principalmente no meio interiorano. “Há ainda muitas parteiras em atividade, bem como rezadeiras e benzedeiras, que prestam um papel muito importante tanto no âmbito social, quanto cultural, além de promoverem o bem-estar à saúde coletiva”, disse Rossi. Para ele, os debates sobre o assunto servem para expandir os limites da saúde, para que seja uma prática coletiva e comum, reunindo a medicina de base ou de raiz à medicina científica, de modo a repercutir diretamente na humanização do atendimento.

A discussão recobrará a questão da humanização dos atendimentos no SUS, norteada pela indagação sobre “por que a população busca mais os centros religiosos do que os postos de saúde para a cura”. As práticas integrativas são um tipo de assistência e atenção que tratam a saúde de forma integralizada e complementam a medicina tradicional.

--
Kelly Barros

Nenhum comentário:

Postar um comentário