O Rio Grande do Norte vai ganhar mais um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS I) para o atendimento a pacientes com transtornos e usuários de drogas, chegando agora ao total de 34 Centros no Estado. O CAPS I funcionará no município de João Câmara.
O Rio Grande do Norte aguarda também a liberação para funcionamento do CAPS do município de Macau, que já está em fase de implantação. Neste município, o CAPS vai atender a uma demanda relacionada ao álcool e outras drogas. “Será um serviço muito importante porque vai alcançar cerca de 200 pessoas por mês, onde não existe serviço especializado”, disse Adriano Araújo, coordenador do Programa de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
De acordo com Adriano Araújo os municípios de Nísia Floresta, Ceará-Mirim e Monte Alegre também já receberam recursos para implantação de seus CAPS.
Para a manutenção e o funcionamento desses serviços, o Ministério da Saúde garantiu recursos da ordem de R$ 1,8 milhão, por ano. Com as novas habilitações, o país passa a contar com 1.676 Centros de Atenção Psicossocial.
CINCO MODALIDADES
Os Centros de Atenção Psicossocial são classificados em cinco modalidades, cada um com perfil diferenciado de pacientes a depender do contingente populacional a ser coberto (pequeno, médio e grande porte) e do período de funcionamento (diurno ou 24 horas). O CAPS I é implementado em cidades de pequeno porte (de 20 a 70 mil habitantes) e oferecem serviços durante todo dia para cuidar de pessoas com transtornos mentais mais graves devido ao uso de álcool e outras drogas.
No CAPS II, pessoas com transtornos mentais em cidades de médio porte (de 70 a 200 mil habitantes) recebem atendimento ambulatorial durante o dia. CAPS III são serviços para pacientes adultos, que funcionam 24 horas e geralmente são implementados em grandes cidades (com mais de 70 mil habitantes). Já o CAPS-i (Centro de Atenção Psicossocial Infantil) é direcionado à população infanto-juvenil de municípios ou regiões com mais de 200 mil habitantes.
E os CAPS-Ad (Centro de Atenção Psicossocial-Álcool e Drogas) são serviços voltados ao tratamento de transtornos decorrentes do uso abusivo ou da dependência de álcool e outras drogas. Estas unidades são implementadas em municípios de médio ou grande porte (acima de 200 mil habitantes).
Todos os tipos de CAPS são compostos por equipes multiprofissionais, com a presença obrigatória de psiquiatra, enfermeiro, psicólogo e assistente social, aos quais se somam outros profissionais de saúde. Os Centros devem ter estrutura para o acolhimento, desenvolvimento de atividades coletivas e individuais, realização de oficinas de reabilitação e outras atividades necessárias a cada paciente.
Por Kelly Barros
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