quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Antônio Jácome defende criação de carreira de estado para médicos


O deputado Antônio Jácome (PMN) defendeu nesta terça feira (26) a criação de uma carreira de Estado para os médicos, no País como a única saída para resolver o problema de profissionais por habitantes nas diversas regiões do Brasil. Ele disse que esse tema foi levantado no Senado pelo Senador Paulo Davim (PV-RN), que contestou a afirmação de que não há médicos suficientes para atender à população brasileira e explicou que o problema não está no número de profissionais, mas em sua distribuição geográfica.

Antônio Jácome falou sobre a “Pesquisa Demográfica Médica no Brasil - Cenários e Indicadores de Distribuição”, divulgada recentemente pelo conselho Federal de Medicina. “De acordo com essa pesquisa, mesmo com o crescente número de médicos no País, as regiões mais pobres continuam a apresentar uma menor proporção de profissionais por habitantes. A realidade é que, a cada ano, a proporção de médicos por habitantes no Brasil aumenta, porém a distribuição dos profissionais ao redor do País continua sendo um problema e é um reflexo das desigualdades sociais entre as regiões brasileiras”, afirmou.

O deputado destacou que no Nordeste há somente 1,2 médicos para cada mil habitantes, menos do que a metade da concentração no Sudeste, que tem 2,67 profissionais disponíveis para cada mil pessoas.
Ele disse ainda que a má distribuição dos médicos não acontece somente entre as regiões do País, mas também, entre as capitais dos estados e as outras cidades, inclusive em estados em que, no geral, a razão de médicos por habitante é maior que a média brasileira.

“Esses dados do levantamento se referem tanto a médicos da rede pública quanto da privada. No entanto, quando o estudo olhou apenas para a proporção de médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo País, o problema da má distribuição continuou o mesmo. A pesquisa aponta que atualmente 215.640 médicos atuam nos serviços públicos municipais, estaduais e federais, representando 55% do total de 388.015 médicos ativos registrados nos conselhos regionais de medicina”, afirmou.

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