sábado, 23 de fevereiro de 2013

Central de Transplantes passa por mudanças


O Centro de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) do Rio Grande do Norte, está funcionando, desde o último dia 07, no 2º andar da sede da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Com início de suas atividades de captação em março de 2002, no Hospital Walfredo Gurgel, a Central de Transplantes passou por essa mudança de endereço, a fim de propiciar uma melhoria na qualidade dos serviços prestados à população.

A mudança possibilitou, inclusive, um maior espaço à Organização de Procura de Órgãos (OPO), que funciona, desde fevereiro de 2010, no Walfredo Gurgel, com o objetivo de identificar possíveis doadores de órgãos e tecidos para transplante. Para isso, a equipe, composta por cinco enfermeiros, um coordenador e um médico, realiza a busca ativa presencial em plantões de 24h, em 20 hospitais públicos e privados. O trabalho tem mostrado resultados satisfatórios e, nos últimos três anos, já conseguiu zerar a fila de pacientes que aguardavam um transplante de córnea.

Com recursos do Instituto do Bem, foram investidos na OPO R$ 20 mil para as readequações de antigos espaços e criação de outros. Com previsão de conclusão em 15 dias, as obras OPO incluem uma nova sala administrativa, de arquivo, ala de refrigeração das soluções para conservação de órgãos, uma copa, e uma sala exclusivamente destinada ao acolhimento familiar, possibilitando um melhor atendimento às famílias de potenciais doadores – pessoas que tiveram o diagnóstico de morte cefálica.

A atividade de captação de órgãos no RN tem avançado muito nos últimos anos. Conforme dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), em 2009, o número de notificações de potenciais doadores era 90 e o de doadores efetivos correspondia a 2,6 por milhão da população. Já em 2012, esses números passaram, respectivamente, para 151 e 16,1. Isso representa um crescimento de 519% quanto aos doadores efetivos.

Segundo a subcoordenadora da CNCDO do RN, Andréa Santos, o aumento das notificações foi resultado de ações educativas desenvolvidas pela Central junto a profissionais de saúde, com a finalidade de conscientizar sobre a importância do ato. Além disso, conforme a subcoordenadora, foi desenvolvido um trabalho de sensibilização junto à população em geral, quanto à relevância da doação de órgãos.

“A Central tem contribuído não só para a quebra de preconceitos referentes à doação, mas também para o exercício da cidadania, visando ao bem estar da população”, afirmou a subcoordenadora.

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