segunda-feira, 25 de março de 2013

Os retratos de André Arruda


Texto: Alex Gurgel
Foto: Elias Medeiros


Gilberto Gil de olhos fechados, Willian Bonner de costas e sem camisa, o antigo armário da casa de Fernanda Montenegro, um fusca cor-de-rosa num ponto de vista alto, mulheres super musculosas em nu artístico, entre outras cenas de retratos surreais, formam o universo fotográfico do carioca André Arruda, que fez uma palestra em Natal a convite da Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto), na tarde desse sábado, dia 23 de setembro.

Na sala 82 do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do RN (IFRN) da Cidade Alta, André Arruda falou sobre a importância do fotógrafo ter um trabalho autoral com suas próprias características. “O trabalho comercial deve financiar o trabalho autoral, pois este irá nortear a carreira do fotógrafo”, disse André, ressaltando a importância de um trabalho autoral para o fotógrafo (profissional ou amador).

Falando sobre sua experiência, André Arruda mostrou seu processo de criação na feitura de dois trabalhos autorias em andamento: “100 coisas que cem pessoas não vivem sem”, retratando a ligação de pessoas (maioria famosas) com objetos pessoais que não viveriam sem; e o livro “Fortia Femina” com fotos de nu artísticos de mulheres que praticam o fisiculturismo. Tudo em preto e branco de bom gosto, respeitando o sistema de zonas p&b de Ansel Adams nos retratos.

Durante a leitura de portfólios do presentes, por vezes, André fez críticas construtivas de forma concisa, provocando o fotógrafo a transformar sua fotografia em outro olhar. “Não existe fotografia ‘fácil’ e quem está começando não deve crer em soluções simplórias, como se a fotografia fosse uma série de ‘macetes’ que resolvem qualquer situação”, disse André durante sua palestra.

Qualidade na fotografia cultural

O fotógrafo carioca André Arruda vaio à Natal com o objetivo de colher material fotográfico para seu livro “100 coisas que cem pessoas não vivem sem” e ficou encantado com a luz de Genipabu, onde foi fazer fotos de pescadores e jangadas sobre as dunas. Os fotógrafos Elias Medeiros e Canindé Soares foram os cicerones do carioca André Arruda em Natal.

Desfrutando da amizade de André Arruda, o fotógrafo potiguar Canindé Soares soube que o carioca viria para Natal e sugeriu que a Aphoto organizasse um workshop. “A direção da Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto) está de parabéns pela organização de uma ação que vai desenvolver a qualidade cultural da nossa fotografia”, disse Canindé.

Segundo o secretário geral da Aphoto, Luciano Nobre, a entidade fez a produção da Leitura de Portfólio do fotógrafos potiguares, além de uma palestra recheada de informação sobre a importância do trabalho autoral do fotógrafo. “Um dos objetivos da Aphoto é a busca pela qualidade da fotografia dos nossos sócios aphotistas”, disse Luciano, enfatizando que a Aphoto está atuando de forma contundente para o desenvolvimento da fotografia norte-rio-grandense.

O trabalho de André Arruda: www.andrearruda.com

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