quarta-feira, 3 de julho de 2013

Cineclube Natal promove mostra “Metacinema: O cinema fala de si”


“O cinema nasceu documentário, pelas lentes dos irmãos Lumière”. Pensando nessa afirmação, o Cineclube Natal inicia, a partir desta quinta-feira (04), sua terceira mostra temática de 2013: Metacinema: o cinema fala de si. A seleção traz seis exemplares do cinema documental dedicado ao processo de fazer filmes – da trajetória de grandes atores ao quase fracasso de algumas produções, passando, inclusive, pelo ofício de quem trabalha fazendo a crítica desses filmes. A mostra, mais uma parceria do Cineclube Natal e de de Nalva Melo Café Salão, inaugura um novo formato de calendário de exibições. Os filmes estão divididos em dois blocos, cada um deles em um fim de semana. Serão três filmes entre os dias 4, 5 e 6 de julho; e o restante, entre os dias 11 e 13 do mesmo mês.

Começando com Francis Ford Coppola - O Apocalipse de Um Cineasta, construído com imagens que a esposa do diretor fez durante as filmagens de Apocalipse Now, a mostra traz um lado quase sempre escondido nos tradicionais making ofs: as crises nos sets, que podem inviabilizar um filme ou levar um diretor à insanidade. O mesmo tema é abordado no terceiro dia, com a exibição do clássico do cinema nacional Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho. No longa, que teve suas filmagens interrompidas em 1964 em virtude do golpe militar que levou à prisão parte da equipe, Coutinho reconstrói, 20 anos depois, a história das ligas camponesas no interior da Paraíba e como o golpe e as primeiras filmagens modificaram a vida de seus personagens.

Ainda cabem, nesse pacote, um filme sobre a tempestuosa e também lendária relação de trabalho entre dois mitos do cinema, Werner Herzog e Klaus Kinski, a ser exibido no segundo dia de mostra; a produção Crítico - Um Filme Sobre o Ver e o Fazer Filmes, do cultuado Kléber Mendonça Filho, de O Som ao Redor; e um panorama do cinema japonês pelas lentes do expoente da nouvelle vague daquele país, o cineasta Nagisa Oshima, morto no início deste ano. E termina, no dia 13 de julho, com Uma Carta para Elia, uma homenagem ao cinema de um mestre, Elia Kazan, por outro mestre, o diretor Martin Scorsese.
As sessões começam sempre às 19h, em Nalva Melo Café Salão. É cobrado um valor de manutenção de R$ 4. Antes dos filmes, haverá, a cada dia, a exibição de curtametragem surpresa.

Quinta-feira (04/julho) – Francis Ford Coppola - O Apocalipse de Um Cineasta
Sexta-feira (05/julho) – Mein liebster Feind - Klaus Kinski (Meu melhor inimigo)
Sábado (06/julho) – Cabra Marcado para Morrer
Quinta-feira (11/julho) – Crítico - Um Filme Sobre o Ver e o Fazer Filmes
Sexta-feira (12/julho) – 100 Anos do Cinema Japonês
Sábado (13/julho) – Uma Carta para Elia

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