A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) promove de 14 a 16 de setembro, no Hotel Praia Mar, em Ponta Negra, um curso de capacitação com cerca de 40 profissionais de saúde envolvidos no tratamento e controle da hanseníase no estado.
O curso, ministrado por instrutores do Ministério da Saúde (MS), irá habilitar os profissionais para a utilização do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), ferramenta usada pelo MS para identificar a realidade epidemiológica dos estados.
O objetivo do curso é melhorar a vigilância da hanseníase e identificar a real situação do banco de dados estadual. Assim, é possível descentralizar as notificações da doença para que os diagnósticos não fiquem restritos à capital.
O Brasil é o segundo país no mundo em casos de hanseníase, perdendo apenas para a Índia. Em 2010, no Rio Grande do Norte, foram detectados, até agora, 122 casos, sendo 46 em Mossoró, 21 em Natal e 06 em Santa Cruz.
Handrezza Siqueira, coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, aponta como principal dificuldade no tratamento da doença a falta de diagnóstico precoce. “Os pacientes já chegam bastante mutilados, com grau de incapacidade alto”, disse. No RN 87,9% dos pacientes diagnosticados já apresentam o grau I de incapacidade, com alterações de sensibilidade e perda de movimentos.
A coordenadora afirmou também que a prevenção é difícil porque a hanseníase ainda é uma doença muito estigmatizada, vista com preconceito pela sociedade.
A Sesap, através do Programa de Controle da Hanseníase, vem desenvolvendo ações de capacitação com a rede básica para diagnóstico e acompanhamento dos casos, monitoramento e avaliação dos municípios, além de divulgação dos sinais e sintomas da doença entre a população.
No próximo dia 30 o RN participa do Dia “D” contra a Hanseníase. Em parceria com a FARN (Faculdade Natalense para o Desenvolvimento do RN) a Sesap realizará o 4º Simpósio de Hanseníase, com cerca de 250 participantes. Nas Unidades de Saúde será realizada ainda a Semana da Mancha, que enfatiza a importância do diagnóstico precoce para o tratamento e cura da doença.
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