domingo, 25 de agosto de 2013

Comentário

Fernando Lins
30 de março de 2012

Fico aqui pensando, recentemente uma jovem baiana de 24 anos, irmã de um ator que trabalhou em Tropa de elite 2 e também na Rede Globo, morreu ao fazer um voo de parapente partindo do deck da Pedra Bonita no Rio de Janeiro. O instrutor que fez junto com ela o salto foi indiciado por Homicídio culposo, aquele que não há a intenção de matar, pois muito bem; a jovem foi de livre e espontânea vontade, sem que houvesse nenhum tipo de obrigação; esporte radical, adrenalina pura. Ora essa, será que mesmo olhando pelo prisma de uma tragédia, essa jovem também não assumiu o risco de morrer?
Como nós que não temos o conhecimento dos termos jurídicos específicos, poderíamos proferir a "Mea culpa" dessa menina? tentativa de Suicídio culposo? ou seria doloso? ela pensou alguma vez na possibilidade de uma pane no equipamento ou numa eventual falha humana? 
É hora de o poder público parar de por a culpa no mais fraco, fazendo dos envolvidos nas tragédias em bodes expiatórios.
Uma fiscalização na rampa de salto seria de bom grado, ou então aquele que indubitavelmente se arrisca, arque com o ônus do perigo que se auto impôs.
O instrutor pode ter alguma culpa, mas isso não faz dele um homicida ou assassino, mesmo sem intenção.

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