domingo, 25 de agosto de 2013

Reflexão natalina.

Fernando Lins

Quando estamos voltando pra casa e de repente caímos num buraco, ficamos então transtornados, pôxa, logo indo pra casa, se fosse pelo menos  a um lupanar, tudo bem eu mereceria, mas pra casa!
Porém no outro dia, tornamos a voltar pra casa, então tentamos tão somente  desviar do mal logrado buraco; a casa continua sendo um porto seguro.
Assim mesmo, acontece com os que você ama; por algum motivo, nós não  sentimos vontade de  voltar pra casa por causa do maldito buraco, ou seja, ficamos magoados com a"atitude  do ente," mas não do Ser.
Há em todos nós, a tendência de desenhar com traços fracos os nossos defeitos e carregar a  nanquim, traçado em papel transparente, o suposto defeito alheio. Só com a chegada longeva da idade, podemos depurar essa tendência, pois na verdade, não chega nem ser um defeito, é só um buraco.
Nós os homens temos muita dificuldade de amadurecer. Não porque, somos teimosos como muita gente pensa, mas porque recebemos uma cota muito grande de aprovação da sociedade e muito pequena de cobrança.
Podemos comparar os entes queridos (nem tanto certas horas), com as vias que nos dão acesso aos lugares onde precisamos ir. Reclamamos dos buracos, mas  no dia seguinte o sol nasce mais uma vez e lá estamos nós desviando de mais um buraco que apareceu na mesma via, sabe-se lá como, na noite anterior, talvez.  só uma boa reflexão pode nos ajudar certas horas.

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