domingo, 11 de agosto de 2013

Uma bandeira suprapartidária

Walter Medeiros
waltermedeiros@supercabo.com.br)

Recentemente voltaram à tona imagens das campanhas pelas diretas já, anistia e constituinte, que nos remeteu aos anos oitenta, quando o Brasil buscava seu novo rumo e o encontrou. Vendo a foto do comício da Praça da Sé realizado em 25 de janeiro de 1984, aniversário de São Paulo, lembrei que eu estava naquela multidão, calculada em 500 mil pessoas pelo Estado de S. Paulo e 300 mil pela Folha.
É preciso refletir e agir com base no fato de que não houve nenhum incidente, ninguém saiu arranhado e nenhum bem público ou privado foi depredado em ações descontroladas durante aquela manifestação embora tenham ocorrido incidentes esparsos durante esses anos. Mas ultimamente as manifestações têm descambado para atos criminosos cujo enfrentamento e prevenção tem sido tardia por parte dos órgãos responsáveis pela segurança.
Devemos observar que os serviços públicos no Brasil, no Rio Grande do Norte, em Natal, são bem pagos pelos contribuintes, mas funcionam de forma incompleta, insuficiente, precária e descontrolada. Aqueles que querem ser respeitados como autoridades deixaram de dar as respostas apropriadas às necessidades da população e isto tem levado ao caminho do caos.
Pior e mais lamentável ainda é o extremo absurdo que se espalha pelo Brasil, onde a disputa entre políticos de variados partidos e tendências é para mostrar quem é mais corrupto, quem é mais desonesto, quem desviou mais recursos públicos.
Em meio a tudo isso, cabe uma prevenção maior: PT, PMDB, PSDB, PC do B, PSTU, todos, enfim, tem suas aspirações históricas e do momento, mas para coibir qualquer retrocesso sobre o regime democrático precisam estar unidos - de forma suprapartidária - em defesa da liberdade e das garantias da democracia brasileira.
Esse compromisso precisa ser definido e praticado, para fazer face a coisas estranhas e esquisitas que estão acontecendo Brasil afora, inclusive relacionadas com as comemorações do 7 de Setembro. Dentro desta confusão que beira o caos, que fique clara a determinação do povo brasileiro de seguir em frente nas suas conquistas.
É importante ter atenção inclusive para decisões judiciais equivocadas que findam configurando-se verdadeiros atos de censura aos meios de comunicação social e cerceamento à liberdade de expressão.
Se não se percebe o que ocorre e permite o abuso de autoridade junto com o desrespeito aos princípios mais sagrados da democracia, corre-se o risco de achar normal a convivência com a violência e o cerceamento das garantias e dos direitos individuais.

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