sexta-feira, 25 de março de 2011

MUSICAL “BECO DA ALMA” ESTREIA TEMPORADA NO TEATRO ALBERTO MARANHÃO EM ABRIL

 vida em torno de um bar decadente, em um beco qualquer, de um centro de cidade qualquer. Emoções divididas entre amor e ódio, paixão e traição, vida e a morte, amizade, confusão. Pessoas comuns. O universo urbano em desencanto e o turbilhão de sentimentos de quem nele vive é apenas um dos olhares do musical “Beco da Alma, que estreia temporada no próximo mês de abril, com apresentações de 4 a 7, e dias 23 e 24, no Teatro Alberto Maranhão, sempre às 20h.
O espetáculo é baseado no livro “Esquina do Mundo - A Hora do Cão Lobo”, de Cláudia Magalhães. As canções são de Danilo Guanais, direção de João Marcelino e produção executiva de Ana Lira.
O musical gira em torno de um bar decadente, ameaçado de virar estacionamento, onde personagens discorrem seus dramas pessoais, suas alegrias e a esperança de uma vida melhor. As canções de Danilo Guanais revelam momentos de intensa dramaticidade, seja ao som de uma balada, foxtrot ou samba. Apesar de ter o Beco da Lama, na Cidade Alta, como inspiração maior, a história pode ser ambientada em qualquer lugar do mundo, em qualquer beco do mundo, pois o sentimento é algo universal.
O elenco foi escolhido entre 56 candidatos, de alunos da Escola de Música a atores experientes, pré-seleções, cortes, até chegar aos nove atores/cantores que interpretam os interessantes e carismáticos personagens desse beco — Pedro Queiroga (Teobaldo), Rogério Ferraz (Gardênia), Zeca Santos (João Rodão), Max Villaventura (Rato), Irapuan Júnior (Zé), Álvaro Dantas- (Carlão), Giovanna Araújo (Patrícia), Andressa Hazbun (Ceição) e Badú Morais (Esperança).
Um grupo musical executa ao vivo as composições de Danilo e os atores cantam em coro e em momentos solo, com grande movimentação no palco. A coreografia e a preparação corporal dos atores ficaram a cargo da coreógrafa Carla Martins. E Nazaré Rocha cuidou da preparação vocal do elenco.
O musical “Beco da Alma” tem patrocínio da Prefeitura do Natal, através do Programa Djalma Maranhão de Incentivo à Cultura, Hotel Rifóles, Potiguar Honda e Visual Praia Hotel. Os ingressos da temporada são gratuitos e poderão ser retirados na bilheteria do Teatro Alberto Maranhão e em locais a serem divulgados.
SERVIÇO:
Musical “Beco da Alma”. De 4 a 7, e dias 23 e 24 de abril, 20h, no Teatro Alberto Maranhão. Informações: 9921 0484 / 9924 7010. Twitter: @beco_da_alma.
QUEM É QUEM

CLÁUDIA MAGALHÃES (Cláudia Magalhães de Oliveira) é atriz, escritora e dramaturga. Dentre seus trabalhos destacam-se as atuações nas peças “O Mito do Andrógeno” (baseado no livro “O Banquete”, de Platão), “Debacoabete” (uma comédia sobre a história do teatro), “As Fúrias” (História trágica e cômica baseada no mito grego de Agamenon), “Relações” (Uma comédia baseada nos encontros e desencontros de casais), “O Oitavo Pecado Capital”, “O Caminho das Folhas de Outono” (Adaptação da peça “Macbeth” de William Shakespeare, e “Humor a dois”. Em 2002, participou do 1º Ciclo de Leituras Dramáticas do Centro Experimental de Formação e Pesquisa Teatral, com as leituras dramáticas: “Entre Quatro Paredes”, “Vestido de Noiva”, “Édipo”, “Macbeth” e “O Outro Lado da Lua” (texto de sua autoria). Cláudia atuou ainda no filme “Chuva de Caju”, de Rui Lopes, e nos espetáculos “Neurótica”, “Bye Bye Natal”, “A Ópera do Malazarte”, “A Farsa do Poder” e “Um Presente de Natal” , em que assina também a dramaturgia. É autora de vários contos, entre os quais destacam-se “Paraíso Perdido”; “A Carta”; “Pássaro Ferido”; “Deus e o Diabo”; “Ele; Meia-noite”; “O Jantar”; “A Primeira Mulher de Deus” e “Lua Negra”.
Como dramaturga, escreveu também “O Outro Lado da Lua”, “Um Presente de Natal” (2005), “Terra de Santana”, “Terra de Santana”, “O Oratório de Santa Luzia” (2006), “Neurótica” e "Esquina do Mundo - A hora do Cão Lobo" - Publicado em 2009, que serve de argumento para a construção de “Beco da Lama”.


“De repente, não mais que de repente, eis que surge um sinal luminoso, um gesto positivo, um forte aceno na nossa dramaturgia. Este sinal de luz nos chega com a peça de Cláudia Magalhães, Esquina do Mundo, surpreendente pela qualidade e ousadia. Este Esquina do Mundo é talhado para arrebatar pela criatividade e pela linguagem, surpreender pela ousadia, e, desde já, se inscreve entre as peças mais importantes já escritas no Rio Grande do Norte.”
Nei Leandro de Castro


DANILO GUANAIS (Danilo Cesar Guanais de Oliveira), nascido em São Paulo-SP (1965), cedo veio para Natal, onde iniciou seus estudos de Música, na Escola de Música da UFRN, com Fidja Siqueira (violão), Clóvis Pereira (Teoria da Música) e Pe. Jaime Diniz (História da Música, Harmonia e Contraponto). Atuando a princípio como instrumentista, em grupos como a Orquestra Sinfônica do RN (como timpanista), o Madrigal da UFRN e o Coral Canto do Povo (como tenor e chefe de naipe), o Quinteto de Violões da UFRN e o Duo de Violões Alvaro/Danilo, logo descobre a vocação para o trabalho com as artes cênicas, compondo as trilhas sonoras das peças “A Mente Capta”, de Mauro Rasi; “O Processo de Lucullus”, de Bertold Brecht; “Quem Beliscou Paulinho?”, de Chico Villa e Marcos Bulhões; “A Missão”, de Heiner Müller; “O Moço que Casou com Mulher Braba”, de D. Juan Manuel; “Papai Pirou nas Ondas do Rádio”; “A Igreja Verde” e “O Senhor dos Labirintos”, com as quais conquistou oito prêmios em festivais de Teatro, dois deles internacionais. Em 1996 gravou a sua Missa de Alcaçus, para coro, orquestra e solistas, sendo a obra executada integralmente em João Pessoa, Brasília, Manaus, São Paulo, Aracaju, Cuiabá, Milão, Veneza e Gênova. Em 2002 estreou em Natal sua Sinfonia em 4 movimentos, para 4 atores, coro e orquestra. Mestre em Composição pela Unicamp/UFRN desde 2002, compõe regularmente para grupos vocais e instrumentais, sendo sua obra executada freqüentemente no país e no exterior, além de dar continuidade ao trabalho de composição de trilhas sonoras de grandes espetáculos ao ar livre, entre os quais se destacam “Um Presente de Natal”, “Oratório de Santa Luzia”, “Auto de São João Batista”, “O Nascimento de Jesus Cristo”, “Chuva de Bala no País de Mossoró”, “Asas da História” e “Terra de Santana”. Ganhador do Prêmio Hangar de Melhor Compositor Erudito no Nordeste, em 2004, atualmente é professor da Escola de Música da UFRN e cursa Doutorado em composição pela parceria DINTER UFRN- Unirio.


“Danilo Guanais é um músico da mais alta importância para o nosso país. Eu admiro tanto Danilo Guanais que no município de São José do Belmonte, todo ano, no último domingo de maio, estão encenando uma cavalhada e uma cavalgada. Eu ganhei de presente de Danilo Guanais uma Missa. Essa missa é tão bonita que eu escolhi cinco temas dela para fazer uma espécie de “Cantata da Pedra do Reino”, que é tocada lá todo ano.”
Ariano Suassuna

JOÃO MARCELINO (João Maria Marcelino de Oliveira), nasceu a l5 de julho de 1959, em Macaíba – Rio Grande do Norte. É filho de D. Maria Isaura Alves do Nascimento e de José Marcelino de Oliveira. Estudou na Escola Internacional de Antropologia Teatral– ISTA, com o mestre italiano Eugênio Barba. Estudou desenho, pintura e aquarela, com o professor Alcides Sales na Oficina de Gravura Rossine Perez. Estudou canto lírico, técnica vocal e musicalização com a soprano brasileira Atenilde Cunha e com o tenor italiano Nino Crimi, na Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Estudou maquiagem artística na Maison Payot de São Paulo e estudou dança clássica com o màitre Roosevelt Pimenta no Ballet Municipal de Natal. Como Diretor, Figurinista, Cenógrafo, Maquiador e Ator, participou de 86 espetáculos dentre os quais dirigiu 35, recebendo 25 prêmios nacionais e 01 internacional. Começou no teatro em 1980 e atua como Diretor, Figurinista, Cenógrafo e Ator. Com os espetáculos O PRÍNCIPE DO BARRO BRANCO e CHUVA DE BALA NO PAÍS DE MOSSORÓ ganha o reconhecimento do público e da crítica especializada. Hoje, é o Diretor do Centro Experimental de Formação e Pesquisa Teatral da Fundação José Augusto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário