quinta-feira, 31 de março de 2011

Audiência Pública debate exploração sexual da criança e do adolescente na Copa 2014

A Assembleia Legislativa promoveu na manhã desta quinta-feira, 31, um debate sobre os riscos do aumento da exploração sexual de crianças e adolescentes durante a realização da Copa do Mundo no Rio Grande do Norte. A proposição da deputada Márcia Maia (PSB) reuniu deputados, diversos órgãos governamentais, Ongs, e sociedade civil organizada. A parlamentar lembrou que na Copa da África do Sul, as autoridades não se prepararam e ficaram com um triste legado da exploração infanto-juvenil. “Este é um primeiro momento, o debate não se encerra aqui. Temos três anos para nos prepararmos sobre esta questão. As políticas públicas precisam se integrar, para conseguirmos resultados mais satisfatórios”, defendeu a deputada.
A deputada Márcia Maia anunciou que vai propor que sejam contratados preferencialmente trabalhadores locais, uma forma de diminuir os riscos de exploração sexual.
O Secretário de Juventude, Esporte e Lazer de Natal, Rodrigo Cintra, alertou que a preocupação da Assembleia também é do comitê organizador da Copa. “A Copa é um evento transformador, e que possibilita transformar a realidade. Podemos ter grandes progressos na questão da exploração”, afirmou Rodrigo Cintra. O Secretário revelou que um recente levantamento da Prefeitura do Natal, a Grande Natal deve receber 200 mil turistas.

O setor turístico foi representado pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no RN (ABIH/RN), Habib Chalita, que destacou a ação da instituição no combate ao turismo sexual. “O turista que vem para explorar nossas crianças não serve. É maléfico, só vem para atrapalhar. E queremos identificar as agencias e operadoras de turismo que promovem este tipo de turismo”. O Presidente do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, Padre Murilo, destacou a importância de investimento concreto. “É importante que os municípios da Grande Natal façam seus planos de enfrentamento a exploração, se não corremos um grande risco de um legado negativo com a Copa”.

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