sábado, 24 de maio de 2014

Mamãe eu vou ali...

Por Leonardo Sodré
Jornalista e escritor

Encontro-me com Willy Saldanha, tio de Plínio “Bang” Sanderson, no Bar Azulão e pergunto:

- Qual o horário de visitas para Plínio na UTI?

- Ele já saiu da UTI, está no quarto 118... Respondeu.

Animei-me e disse:

- Vamos lá?

E fomos.

Encontramos o poeta que estava com sua mãe, Iracema, sentado diante de um laptop, depois de dar uma entrevista para Anderson Barbosa, do Novo Jornal. Estava animado e foi logo dizendo:

- Antes que você pergunte vou logo dizendo que a bala está saindo!

Passei a mão nas costas dele e alisei a bala, já bem pertinho da pele, como uma espinha que espera uma espremida.

Iracema disse alto, lá do sofá:

- Ele vai fazer um colar com essa bala... E riu.

Ele contou os detalhes do assalto, emocionou Willy e por fim perguntou para onde nós iríamos.

- Bem... Disse Willy. Como você está tão bem, nós vamos voltar para o Azulão para comemorar. Eu vou tomar uma cerveja e Leo um “Montola”.

Aí Plínio arregalou os olhos e olhando fixamente para Iracema, disse:

- Mamãe, tire aqui o soro que eu vou ali...

- Ali aonde criatura de Deus?

- Vou tomar umas “Montolas” para recuperar o sangue que perdi com Leo e titio Willy e volto já...

Eu juro!

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