segunda-feira, 18 de abril de 2011

Grupo de Teatro Ditirambo encena Debacoabete do dramaturgo César Amorim no TAM

Espetáculo marca as comemorações de dez anos do Grupo
Uma comédia que conta a história do teatro através do teatro. Com esse propósito, a peça Debacoabete estréia no Teatro Alberto Maranhão, no sábado (30). O espetáculo, com direção de Marcelo Chaves e texto de César Amorim, comemora os dez anos do Grupo de Teatro Ditirambo.

Debacoabete conta a história do teatro a partir de Baco, o deus do Vinho, chegando até Bete, uma atriz de uma peça qualquer da atualidade. “Passaremos ainda pelo coro, os grandes clássicos, como Medeia, Jasão, Penêlope, Ulisses, até o período onde a igreja proibiu o fazer teatral, por 400 anos. Depois disso, o teatro retoma seu lugar fazendo inicialmente sua volta com peças encenadas para a própria igreja, como a Páscoa e o Natal. Enfim, chegamos à comédia dellarte, com a pantomima, e depois, na Inglaterra, como William Sheakspeare, em sua clássica Romeu e Julieta”, explica o diretor, Marcelo Chaves.
O espetáculo acontece cronologicamente de acordo com a verdadeira história do teatro, porém, o texto é apenas baseado nessas histórias. “Até porque tudo isso é contado por uma hilariante professora de história do teatro”, ressalta o diretor.
De acordo com Marcelo, o grupo pretende fazer com que a platéia ria e se divirta durante todo espetáculo. “Não pretendemos ser didáticos nem fiéis a história do teatro, até porque, com essa peça, estamos fazendo uma nova história do teatro a que o Grupo de Teatro Ditirambo pretende”, afirma.
Além da estréia no TAM, a peça Debacoabete está com temporada marcada para a Casa da Ribeira, nos sábados e domingos do mês de maio.
 Debacoabete foi a primeira peça escrita e encenada por César Amorim, em 1993. “Eu acabara de voltar do Rio de Janeiro, onde havia ido estudar teatro. Voltei cheio de ideias e de vontade de pôr em prática tudo o que tinha aprendido. E, principalmente, queria fazer teatro na minha terra. Pensei em algo divertido, uma comédia que falasse sobre a evolução do teatro através dos tempos. Mas como fazer isso sem ser didático e chato? Através de esquetes e contando com uma participação especialíssima de uma personagem que fazia as vezes de professora de teatro, achei que tinha encontrado uma forma e Debacoabete nasceu”, conta o dramaturgo.
A partir de uma oficina, César selecionou os atores. Foi aí que conheceu Marcelo Chaves, que agora dirige essa nova versão. “Na época, para minha surpresa, sob minha direção, Debacoabete fez grande sucesso. Anos depois, remontei-a da mesma forma com meus alunos do Colégio Marista de Natal e tive outra grata surpresa: mais sucesso”, relembra César Amorim.

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