quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Fábio Faria afirma que prioridade do mandato será o combate ao crack

O deputado Fábio Faria (PMN-RN) anunciou que o combate ao crack será o compromisso mais importante do seu mandato parlamentar. O assunto foi uma das  principais bandeiras de sua campanha eleitoral, na qual obteve cerca de 157 mil votos e foi o mais votado da sua coligação.
Fábio Faria disse que vai dedicar-se à Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack. “Esta é uma droga que vem destruindo várias famílias brasileiras, temos uma enorme responsabilidade em nossas mãos.” Criada em maio do ano passado, a frente chegou a unir mais de 400 deputados e agora está sendo reinstalada.

Segundo Fábio Faria, o crack é mais do que um problema de saúde pública, porque está estreitamente ligado à violência urbana. “O dependente não consegue manter uma rotina de trabalho, nem de estudo, e passa a viver em função da droga, praticando toda e qualquer espécie de delito.”

Crimes - São mais de 70% os usuários de crack que já cometeram algum tipo de delito, seja um simples furto ou até um homicídio. “O Congresso precisa saber que estamos diante de uma epidemia nacional, que atualmente já contagia mais de 1,3 milhão de brasileiras e brasileiros”, alertou.

A resposta do Congresso, acentuou Fábio Faria, precisa ser rápida. O deputado lembrou que, no ano passado, a frente parlamentar realizou várias audiências públicas e entregou ao então presidente Lula uma carta pedindo a habilitação de todas as clínicas voluntárias existentes no País, para cuidar dos dependentes.

Essas clínicas somam mais de 3 mil, na maioria administradas por pessoas que lograram abandonar o vício, o que é muito difícil. “Precisamos fazer com que essas clínicas funcionem”, apelou Fábio Faria, defendendo a aprovação de emendas parlamentares ao Orçamento da União que permitam a ampliação dos leitos disponíveis.

Debate - O deputado felicitou a presidente Dilma Rousseff por haver discutido amplamente este tema na última eleição e por ter determinado a criação de 49 centros regionais, nas universidades, para formar em um ano 15 mil profissionais capazes de oferecer atendimento e acompanhamento aos dependentes e aos seus familiares.

Esses centros, sublinhou o deputado, vão pesquisar o vício e permitir melhor combate, dimensionando a epidemia. “Sabemos que ela é maior do que foi a de cólera, muito maior do que foi a gripe suína; é uma epidemia generalizada, que já transpôs o primeiro degrau da pirâmide, já saiu dos meninos de rua e está em toda a sociedade, em todas as classes sociais, infelizmente.”

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