quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Júlia Arruda constata problemas na Unidade de Saúde de Mãe Luiza

Procurada por moradores de Mãe Luiza, insatisfeitos com a prestação de serviço da Unidade Mista de Saúde do bairro, a vereadora Júlia Arruda (PSB) visitou as instalações do posto na manhã desta quinta-feira (24).  Recebida pela diretora, Lúcia Rosa, ela ouviu informações sobre o funcionamento e estrutura, quando confirmou parte das reclamações vindas da comunidade.
A parlamentar constatou, por exemplo, que a falta de médicos é um problema ainda sem solução por parte da gestão municipal. Não era a toa que no quadro de plantão diurno faltava o nome de profissional responsável da área. “Observamos que tem uma boa infra-estrutura, mas várias salas estão ociosas por falta de profissionais. Também apuramos que com o fim de um contrato só ficaram dois médicos, e que cada um só atende duas vezes por semana, deixando os demais dias desassistidos. E isso para uma população de cerca de 25 mil habitantes”.

O maior problema, contudo, não é da parte ambulatorial. Refere-se ao Pronto-Atendimento. O serviço, que deveria funcionar 24 horas, tem várias lacunas por ausência de profissionais no quadro, obrigando usuários a recorrerem a outras unidades e até mesmo Prontos-Socorros, quando deviam ter resolutividade na rede básica da Prefeitura de Natal.

O balconista Juscelino Pereira Rodrigues relatou as dificuldades. À espera de sua esposa, que era atendida no ambulatório, ele reclamou da deficiência do pronto-atendimento. Com uma filha de menos de dois meses de vida, ele conta que precisou pegar taxi e se dirigir à Unidade do Sandra Celeste, em Candelária, por ausência de médico no plantão há cerca de uma semana.

“O atendimento é péssimo. Falta médico, medicação. Até mesmo os hipertensos e diabéticos, que antes tinham os medicamentos em dia, não estão tendo mais. E pior: tem bêbados que conseguem fichas com o pessoal que trabalha na unidade e vendem por R$ 5, R$ 8 e até R$ 10”, criticou a operadora de caixa, Juliana Balduíno dos Santos. Sua irmã, Alana Balduíno Nascimento, está grávida de sete meses e mesmo indo insistentemente à unidade ainda não conseguiu receber as vacinas do período gestacional.

Destaque ainda para o velho problema das poucas fichas distribuídas, o que leva os moradores da região a terem que dormir nas filas para conseguir marcar suas consultas. E quando finalmente conseguem, ainda tem as pontuais suspensões dos serviços por falta de materiais, como confirmou a dentista Márcia Lima. Em certos momentos restaurações são impedidas de ser feitas por ausência dos insumos ou quebra de equipamentos, devido à alta rotatividade do consultório, que funciona diariamente com vários profissionais atendendo.

Júlia Arruda observa ainda que recebeu denúncias de profissionais que chegam a fazer cotas para comprar café e açúcar.

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