domingo, 24 de novembro de 2013

Żegota

Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações.

Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazis relativamente aos judeus (sendo alemã!).

Irena trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de sarapilheira na parte de trás da sua caminhonete (para crianças de maior tamanho).

Também levava na parte de trás da camioneta um cão, a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto. Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.

Enquanto pôde manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.

Por fim os nazis apanharam-na.

Souberam dessas atividades e em 20 de Outubro de 1943 Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak, onde foi brutalmente torturada.

Num colchão de palha, encontrou uma pequena estampa de Jesus com a inscrição:

“Jesus, em Vós confio”, e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II.

Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou trair seus colaboradores ou as crianças ocultas.

Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação.

Já recuperada foi, no entanto, condenada à morte.

Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional".

Ao sair, ele gritou-lhe em polaco: "Corra!".

Esperando ser baleada pelas costas, Irena, contudo, correu por uma porta lateral e fugiu, escondendo-se nos becos cobertos de neve até ter certeza de que não fora seguida.

No dia seguinte, já abrigada entre amigos, Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados que os alemães publicavam nos jornais.

Os membros da organização Żegota ("Resgate") tinham conseguido deter a execução de Irena, subornando os alemães e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.

Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, guardadas num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.

Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família.

A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás.

Para aqueles que tinham perdido os pais, ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.

Em 2006 foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz...

mas não foi selecionada.

Quem o recebeu foi Al Gore por sua campanha sobre o Aquecimento Global.

(Autor não identificado)

Nenhum comentário:

Postar um comentário