quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Secretaria conduz pesquisa de Saúde Bucal no RN

Desde o segundo semestre do ano passado a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) promove uma pesquisa, junto à população, para conhecer os dados da saúde bucal no Rio Grande do Norte. O levantamento é uma iniciativa da Sesap em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do RN (FAPERN), CNPq e Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, através do Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS).
Ao todo serão 36 municípios pesquisados no RN. Os dados já foram coletados em 32 cidades, restando apenas mais 4 para colher as informações: Mossoró, Lagoa Nova, Almino Afonso e Caicó. Nestes municípios a previsão é de que a pesquisa tenha início em fevereiro.
Cada equipe de pesquisadores é formada por um cirurgião-dentista e um auxiliar em saúde bucal. A capacitação para o diagnóstico clínico em domicílio foi feita em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS), Associação Brasileira de Odontologia (ABO) e Conselho Federal de Odontologia (CFO).

De acordo com Goretti Menezes, coordenadora do Grupo Auxiliar de Saúde Bucal da Sesap, levantamentos epidemiológicos deste tipo já foram realizados no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos anos de 1986, 1996 e 2003. Mas, exclusivamente no Rio Grande do Norte, é a primeira vez que a pesquisa é feita.
 A coordenadora explicou que estes levantamentos deram origem a Política Nacional de Saúde Bucal – Programa Brasil Sorridente –, que permitiu implementar os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) e Laboratórios Regionais de Prótese Dentária.
Os critérios utilizados na Pesquisa Estadual de Saúde Bucal – SB-RN foram os mesmos da Pesquisa Nacional. A consolidação dos dados e divulgação do resultado final está prevista para outubro de 2011.
Brasil
Em nota, divulgada no final do ano passado, o Ministério da Saúde apresentou os principais resultados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – Brasil 2010. Os dados foram obtidos em 177 cidades do país, com uma amostra representativa de cerca de 38 mil pessoas. O RN participou com os dados de três municípios: Natal, Parnamirim e Alto do Rodrigues.
Os resultados indicam que, segundo a classificação adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil saiu de uma condição de média prevalência de cárie em 2003 para uma condição de baixa prevalência em 2010. Na idade de 12 anos, utilizada mundialmente para avaliar a situação da cárie em crianças, a doença atingia 69% da população em 2003. Essa porcentagem diminuiu para 56% em 2010.
O percentual de indivíduos sem nenhum problema periodontal foi de 68% para a idade de 12 anos, 51% para a faixa de 15 a 19 anos, 17% para os adultos de 35 a 44 anos e somente 1,8% nos idosos de 65 a 74 anos.
As necessidades de próteses dentais por adolescentes reduziram-se em 52% e em adultos o número chegou a 70%.
A pesquisa nacional analisou a situação da população brasileira em relação à cárie dentária, às doenças da gengiva, necessidades de próteses dentais, condições de oclusão (mordida) e ocorrência de dor de dente, dentre outros aspectos, com o objetivo de fornecer informações úteis ao planejamento de programas de prevenção e tratamento no setor de saúde bucal.

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